Nelson Valente
A semiótica, cada vez mais, vem sendo utilizada no campo comunicacional como método de pesquisa nas mais diversas áreas, seja nos estudos das linguagens musical e gestual, da linguagem fotográfica, cinematográfica e pictórica, bem como pela linguagem poética, publicitária e jornalística.
Assim, fica cada vez mais evidente a necessidade de se compreender a relação do homem e a infinidade de signos existentes em nossa sociedade atual. A linguagem humana tem se multiplicado em várias formas e novas estruturas e novos meios de disseminação desta linguagem têm sido criado.
Análise Semiótica de Propaganda
Comercial para televisão
Título: Mensagem de Natal
Anunciante: Ação Natural
Elementos:
Signo: Filme “Mensagem de Natal”
Signo: é um Primeiro que está em tal genuína relação como um Segundo, chamado seu Objeto, de forma a ser capaz de determinar que um Terceiro, chamado seu Interpretante, assuma a mesma relação triádica (com o Objeto) que ele, signo, mantém em relação ao mesmo objeto/uma coisa que representa outra coisa, seu objeto, para um intérprete.
O Signo, é, portanto, “o que se refere a”
“a”, no caso, é o objeto. O objeto é, por sua vez, “ao que se refere “o”, o signo. Explicam-se, então, as setas bidirecionais do modelo, onde quaisquer setas indicam relações entre elementos na criação de significação.
Já o Interpretante é o que Pierce chamou de “o próprio efeito significativo”.
Objeto Dinâmico ou Referente: a mensagem de preservação da Amazônia.
Objeto dinâmico: refere-se a relações ilimitadas que o objeto contém ou suscita e que é o único passível de investigação científica. É aquele que está na realidade. As partes de que se compõe o signo.
Referente: o mesmo que Objeto.
Objeto Imediato: a qualidade da representação em si, o objeto tal como representado, as imagens de lar, árvore de natal e demais objetos, os movimentos; os sons de melodia instrumental, ruídos e vozes, ritmo.
Objeto imediato: refere-se a uma ideia particular do objeto/uma qualidade de sensação que só pode ser conhecido por sentimento. É aquele que o signo carrega dentro de si mesmo
Fundamento do signo: a exposição de duas situações antagônicas, equilíbrio e desequilíbrio, vida e morte. A ideia de destruição ecológica.
Interpretante Imediato: o sentido da construção audiovisual, através dos movimentos, ritmo dos elementos, intensidade e grau de luz e som.
Interpretante imediato: informação não-programada/provoca na mente interpretadora, apenas, a captação sensível de sua qualidade que é um signo/nível de primeiridade.
Interpretante e Referência: significados produzidos pelo filme em relação ao objeto de conscientização a respeito da responsabilidade do receptor para o problema do desmatamento no Brasil.
Interpretante: supersigno que está sempre se refazendo ao refazer a relação entre o signo e o objeto/terceiridade/significação/interpretação de um signo.
Metodologia de Análise Semiótica
Sintático: relações estruturais entre os elementos componentes do filme.
A composição visual, a forma, o movimento, as cores, luz, interferências linguísticas e a inter-relação entre as sequências e planos que se sucedem.
Os elementos sonoros, a música instrumental, ruídos, ritmo, interferências verbais, graduação sonora.
Semântico: relações entre os elementos visuais e acústicos com o objeto referente. Aquilo que os elementos denotam.
Semântico (nível): quando envolve relações de significado, entre signo e referente.
Pragmático: relações entre a materialidade do filme, seu objeto e seu interpretante. O nível conotativo da leitura, o simbólico.
Pragmático (nível): implica nas relações significantes com o intérprete, ou seja, com aquele que utiliza o signo.
Análise Sintática
Do suporte: filme colorido para veiculação em televisão, duração 30”.
Da composição: os elementos morfológicos conforme descrição abaixo. O filme é composto basicamente de quatro sequências, sendo que apenas a segunda é composta de imagem dinâmica. Sintático (nível): quando se refere às relações formais dos signos entre si.
Descrição
Sequência 1: Abertura – Duração 3”
Vídeo: Fundo Azul, textos em letras brancas: Mensagem de Natal
Áudio: Música “Noite Feliz”, som uníssono, vibrafone.
Sequência 2: Duração 22”
Plano 1:
Vídeo: Ambiente doméstico, canto da sala com árvore de natal à direita, ponto de vista do receptor, em primeiro plano. Janela ao fundo, cadeira e abajur aceso ao lado esquerdo, embrulhos de presentes embaixo da árvore.
Áudio: continua melodia “Noite Feliz…
Plano 2:
Vídeo: árvore começa a balançar.
Áudio: entram sons de machadadas batendo na madeira.
Plano 3:
Vídeo: “close” de galho da árvore com enfeite vermelho.
Áudio: entra voz masculina – “Quando você olhar para…
Plano 4:
Vídeo: tomada da árvore inteira de baixo para cima. (caem dois enfeites {bolas de natal} vermelhos).
Áudio: (continua) “sua árvore de Natal, lembre-se…
Plano 5:
Vídeo: outro close de detalhes da árvore com enfeite vermelho.
Áudio: (continua) – “que só na Amazônia este ano…
Plano 6:
Vídeo: tomada da árvore inteira balançando, frontal.
Áudio: (continua) – “foram derrubadas mais de…
Plano 7:
Vídeo: tomada da árvore de baixo para cima, caem enfeites brancos.
Áudio: (continua) – “sete milhões de…
Plano 8:
Vídeo: close de outro detalhe da árvore com enfeite branco.
Áudio: (continua) – “árvores…
Plano 9:
Vídeo: outra tomada da árvore inteira de baixo para cima.
Áudio: termina texto, continua música e ruídos de machadadas.
Plano 10:
Vídeo: tomada de baixo para cima do movimento da árvore caindo sobre a tela.
Áudio: ruído de árvore caindo.
Sequência 3: Duração 3”
Vídeo: tela escurece inteira.
Áudio: música e ruídos desaparecem, entra apenas a voz anterior: – “Se não fizermos nada sobre o desmatamento no Brasil, quem você acha que vai fazer?”
Sequência 4: Duração 2”
Vídeo: sobre fundo escuro aparece nome do anunciante, em letras brancas e vermelhas: Ação Natural, alerta. e telefone.
Áudio: (continua), voz irônica – “Papai Noel?”.
Do ponto de vista da análise Semiótica os referentes objetivos procuram conscientizar o público num período especialmente emocional, próximo do Natal, a respeito da ameaça do desmatamento.
A associação direta de “sua” árvore de Natal com as árvores da Amazônia sugere a aproximação do problema, ameaçando que se o receptor não fizer nada pelo problema correrá o risco de perder sua própria árvore. Imagem que apelam pela sensibilidade, associada a um texto que alerta e ameaça, buscando e colocando o espectador no centro do problema.
Proposição
Linguagem dirigida – Quando você estiver olhando para a sua.
A cadeira vazia (você) deixa em aberto o lugar para o personagem principal, que poder ser assumido pelo receptor.
Análise pragmática. A lâmpada acesa pode representar uma luz de esperança.
Os símbolos
Mensagem de Natal desperta uma certa atenção para a sequência e desperta e cria uma expectativa no receptor. Seguindo apresentam-se símbolos, legissignos, como árvore de natal, canção Noite Feliz, convencionados pela cultura como representantes ou indicativos de Natal.
Contiguidade: inferência por proximidade.Similaridade: inferência por semelhança.
Árvore: vida, árvore de Natal, símbolo de festa de Natal.
Enfeites e presentes: alegria, símbolo do poder econômico.
Luz acesa: chama de esperança, luz-símbolo de vida, presença.
Cadeira vazia: ausência de pessoa, omissão.
Árvore que balança: incerteza, ameaça, desiquilíbrio.
Enfeites que caem: rompimento, queda, fragilidade.
Cores dos enfeites que caem: vermelho, símbolo de sangue derramado, vida perdida; branco, pureza destruída.
Sons de machado derrubando árvore: índice que reforça a simbolização da destruição.
A queda da árvore: simboliza a destruição acontecendo.
O escuro: o nada, a consequência da destruição, a morte.
O texto intermediário apresenta uma convocação para a reflexão e informa os acontecimentos ameaçadores.
O receptor não tem como não entender a mensagem, ela é bem clara e direta.
Esquema de análise dos elementos, atitudes, sentimentos, qualidades representadas que correspondem ao interpretante imediato produtor de sentido:
Metodologia de Análise Semiótica
Sintático: relações estruturais entre os elementos componentes do filme.
A composição visual, a forma, o movimento, as cores, luz, interferências linguísticas e a interrelação entre as sequências e planos que se sucedem.
Os elementos sonoros, a música instrumental, ruídos, ritmo, interferências verbais, graduação sonora.
Semântico: Relações entre os elementos visuais e acústicos com o objeto referente. Aquilo que os elementos denotam.
Pragmático: Relações entre a materialidade do filme, seu objeto e seu interpretante. O nível conotativo da leitura, o simbólico.
Na mensagem acima, observa-se o impacto da linguagem verbal (contiguidade: {Mensagem de Natal.}) sobre a não verbal, preponderantemente, no signo linguístico “texto sobre a ameaça do desmatamento”, interpretado como “desmatamento da Amazônia”, propiciando, por outro lado, uma operação intersemiótica que contrapõe sintagma verbal a sintagma visual.
A imagem das árvores contrasta com a imagem da destruição (sintagma visual): signos icônicos, que se relacionam no interior da mensagem, por similaridade: árvore de natal, desmatamento, indicando a destruição.
).
Os significados dos termos semióticos aqui apresentados, com intuito eminentemente didático, encontram-se nas obras que buscam interpretar o pensamento de Charles Sanders Peirce, as quais contam da bibliografia. São acepções mais frequentes e que, servindo como instrumental para os semioticistas, em muitos casos, coincidem com as próprias definições do Autor, tornando-se assim impraticável referi-las, em termos de autoria, uma a uma. Pretendemos com isso tornar-se de domínio comum a tais termos, aos “praticantes” desta ciência nascente “que ajuda a ler o mundo”.
Abdução: adoção de uma hipótese/argumento que apresenta fatos em suas premissas.
Acepção: o mesmo que sentido.
Argumento: signo de razão, signo de lei, correspondente a um juízo.
CD-Rom: compact-disc: (ready onlymemory) mídia de armazenamento de dados digitais.
Cognição: elemento constitutivo no processo do signo triádico ou semiose/parte de uma cadeia infinita de semiose ilimitada, de acordo com a qual ela é determinada por uma cognição prévia na mente do intérprete.
Contexto: processo de signos cuja coerência ou unidade é suscitada diretamente pelo referente (coisa ou situação a que os signos referem).
Contiguidade: inferência por proximidade.
Crítica: subdivisão da Lógica/procede a uma classificação dos argumentos, determinando a validade e o grau de força de cada um de seus tipos.
Cyberspace: ciberespaço/espaço cibernético/cultura da era das redes informáticas.
Dedução: único tipo de argumento que é compulsório.
Diagrama: representa algo por relação diádicas análogas em algumas partes.
Diagramas paradigmáticos: referem-se a todas as outras formas da mesma língua que pertencem ao mesmo paradigma.
Diagramas sintagmáticos: desenvolvem-se na linearidade da língua/referem-se principalmente às relações temporais, espaciais e conceituais.
Dicente: o mesmo que dicissigno.
Dicissigno: signo de fato, signo de uma existência real.
E-mail: (Eletronic mail)/ correio eletrônico/rede computacional.
Entes biológicos simulados: simulação digital de comportamentos inteligentes (peixes, pássaros),
Entropia: medida da desordem introduzida numa estrutura informacional.
Faneron: vide phaneron
Faneroscopia: vide phaneroscopia e fenomenologia.
Fenomenologia: base fundamental para qualquer ciência/observa os fenômenos e, mediante a análise, postula as formas ou propriedades universais destes fenômenos.
Gramática especulativa: subdivisão da Lógica/teoria geral da natureza significado dos signos.
Hipermídia: forma comunicacional alternativa que inclui áudio, fotos e vídeo.
Hipertexto: escrita não sequencial, onde autor e leitor possuem a capacidade de criar interativamente.
Ícone: é um representamen que, em virtude de qualidades próprias, se qualifica como signo em relação a um objeto, representando-o por traços de semelhança ou analogia, e de tal modo que novos aspectos, verdades ou propriedades relativos ao Objeto podem ser descobertos ou revelados/primeiridade/possibilidade.
Ícone puro: ícone genuíno/só pode ser uma possibilidade, em virtude de sua qualidade/primeiridade.
Ícones degenerados: são os hipoícones(imagens, diagramas e metáforas).
Ideoscopia: consiste em descrever e classificar as ideias que pertencem à experiência ordinária ou que emergem naturalmente em conexão com a vida corrente, sem levar em consideração a sua psicologia ou se válidas ou não-válidas.
Imagem: participa de qualidade simples, ou primeira primeiridade.
Indicador: o mesmo que índice.
Índice: signo que se refere ao objeto designado em virtude de ser realmente afetado por ele/secundidade/existente.
Indução: argumento que emerge de uma hipótese.
Interpretante: supersigno que está sempre se refazendo ao refazer a relação entre o signo e o objeto/terceiridade/significação/interpretação de um signo.
Interpretante dinâmico: provoca uma reação ativa na mente interpretadora/nível de secundidade.
Interpretante emocional: prova de que compreendemos o efeito adequado de um signo, embora as bases de sua verdade, neste caso, sejam muito tênues.
Interpretante energético: exige esforço por parte do intérprete.
Interpretante final: informação programada/opera com normas fixadas pelas leis impostas em temas absolutos à nossa aceitação/domina as certezas lógicas oferecidas pela dedução e pela indução/provoca na mente interpretadora o reconhecimento das normas estabelecidas pelo uso comum e desenvolvidas sob a forma de leis que caracterizam convenções e hábitos/nível de terceiridade/decide sobre a interpretação verdadeira de um signo, se o exame do assunto fosse levado a um ponto em que se atingisse uma opinião definitiva.
Interpretante imediato: informação não-programada/provoca na mente interpretadora, apenas, a captação sensível de sua qualidade que é um signo/nível de primeiridade.
Interpretante lógico: descrito como sendo a compreensão de um conceito geral, divide-se em lógico dinâmico (espécie de “ensaio dramático” indutivo e ativo, um rearranjo dos elementos levantados pelo Interpretante Lógico Imediato) e lógico final (que se apresenta como um hábito deliberadamente formado, inter-relacionando condições e comportamentos anteriores, que o signo está calculado para produzir).
Intérprete: usuário do signo.
Isoformismo: processo de identificação fundo-forma.
Jornalismo marrom: jornalismo sensacionalista/sem ética.
Legissigno: convenção ou lei estabelecida pelos homens.
Lógica: teoria do pensamento deliberado ou autocontrolado/ciência das leis gerais dos signos desdobráveis em três ramos: Gramática especulativa, Crítica e Metodêutica.
Lógica transuacional: o mesmo que Metodêutica.
Mass media: meios poderosos de difusão de informação.
Mediação:representação/terceiridade/pensamento em signos.
Mediático: relativo a Media ou Medium.
Mente: o mesmo que semiose.
Metáfora: representa o caráter representativo de um representamen,representando um paralelismo em outra coisa/representa um paralelismo com alguma outra coisa.
Metodêutica: subdivisão da Lógica/ dedica ao estudo dos métodos a serem observados na investigação, exposição e aplicação da verdade.
Midiático: relativo a Mídia.
Objeto dinâmico: refere-se a relações ilimitadas que o objeto contém ou suscita e que é o único passível de investigação científica.
Objeto do signo: coisa, objeto ou evento, concretos e identificados.
Objeto imediato: refere-se a uma ideia particular do objeto/uma qualidade de sensação que só pode ser conhecido por sentimento.
Obsistência ou resitência: aquilo no que a secundidade difere da primeiridade/elemento que, tomado em conexão com a Originalidade, faz de uma coisa aquilo que uma outra a obriga a ser.
Originalidade: é ser tal como aquele ser é, independentemente de qualquer outra coisa.
Phaneron: tudo que está presente à mente em qualquer sentido ou em qualquer modo que seja, não levando em consideração de que se trata de um fato ou ficção/qualidade de um sentimento.
Phaneroscopia: descrição dos phanerons ou fenômenos.
Pragmático (nível): implica nas relações significantes com o intérprete, ou seja, com aquele que utilza o signo.
Primeiridade ou Primariedade: modo ou modalidade de ser daquilo que é tal como é, positivamente e sem qualquer referência a outra coisa/forma quase-sígnica da consciência.
Qualidade: algo que é tal como é, e que está de tal modo livre da Obsistência que não é nem mesmo auto-idêntico ou individual/primeiridade.
Qualissigno: qualidade que é um signo.
Reação: relação de dependência/secundidade/caráter factual da experiência/conflito.
Referente: o mesmo que Objeto.
Relação: vide Reação.
Relação triádica: relação em que o primeiro correlato (Representamen) determina, sob certo aspecto, um terceiro correlato (Interpretante), estando em alguma relação existencial para com o segundo correlato (Objeto).
Rema: signo que para seu interpretante funciona como signo de uma possibilidade que pode ou não se verificar.
Repertório: espécie de vocabulário, de estoque de signos conhecidos e utilizados por um indivíduo.
Representame ou representamen: o mesmo que signo.
Retórica especulativa: o mesmo que Lógica Transuacional.
Secundidade ou Secundariedade: modo de ser daquilo que é tal como é, com respeito a um segundo, mas sem levar em consideração qualquer terceiro/forma quase-sígnica da consciência.
Semântico (nível): quando envolve relações de significado, entre signo e referente.
Semiose: processo de geração infinita de significações.
Semiótica: teoria geral dos signos/doutrina quase necessária ou formal dos signos/Lógica.
Sentido: efeito total que o signo foi calculado para produzir e que ele produz imediatamente na mente, sem qualquer reflexão prévia/interpretante imediato.
Sentimento (feeling): um estado de consciência flagrado em qualquer de seus momentos.
Significação: efeito produzido pelo signo sobre o intérprete em condições que permitissem ao signo exercitar seu efeito total; é o resultado interpretativo a que todo e qualquer intérprete está destinado a chegar, se o signo receber a suficiente consideração/Interpretante final.
Significado: efeito direto realmente produzido no intérprete pelo signo; é aquilo que é concretamente experimentado em cada ato de interpretação, dependendo, portanto, do intérprete e da condição do ato e sendo diferente de outra interpretação/interpretante dinâmico.
Signo: é um Primeiro que está em tal genuína relação como um Segundo, chamado seu Objeto, de forma a ser capaz de determinar que um Terceiro, chamado seu Interpretante, assuma a mesma relação triádica (com o Objeto) que ele, signo, mantém em relação ao mesmo objeto/uma coisa que representa outra coisa, seu objeto, para um intérprete.
Símbolo: signo que se refere ao Objeto em virtude de uma convenção, lei ou associação geral de ideias/terceiridade/nível pragmático/lei ou pensamento.
Similaridade: inferência por semelhança.
Sinsigno: é uma coisa ou evento existente, tomado como signo.
Sintático (nível): quando se refere às relações formais dos signos entre si.
Telepresença: viver além do espaço físico, em espaço virtual, através da comunicação.
Terceiridade ou Terciaridade: modo de ser daquilo que é talcomo é, ao estabelecer uma relação entre um segundo e um terceiro/aproxima um primeiro e um segundo numa síntese intelectual.
Texto: processo de signos em geral (não somente conjunto verbal), que tendem a eludir seus referentes, tornando-se referentes de si mesmos e criando um campo referencial próprio.
Transuação: mediação ou modificação da primeiridade e da secundidade pela terceiridade, tomada à parte da secundidade e da terceiridade.
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*Nelson Valente é jornalista, professor universitário e escritor. Pesquisador nas áreas de psicanálise, comunicação, educação e semiótica.
Sensacional. Excelente artigo.recomendo.