As matrículas nas escolas públicas e privadas do Distrito Federal para o ano letivo de 2021 estão abertas e com novidades. Devido às incertezas sobre a vacina contra o coronavírus e ao medo de uma segunda onda da doença, como tem ocorrido na Europa, as 500 instituições particulares da capital vão manter o ensino híbrido. Ou seja, respeitarão a vontade dos pais. Quem quiser o ensino presencial para o filho, terá essa possibilidade. Os que desejaram a manutenção das aulas remotas, terão o suporte.
Uma Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) permite a manutenção das atividades remotas até o fim de 2021. Mas não a impõe. Por isso, fica a cargo de cada escola voltar completamente ao presencial ou ter a opção de manter as aulas on-line.
O texto do CNE regulamentou decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que flexibilizou o ano letivo de 2021 e permitiu levar em conta as atividades on-line como carga-horária para o ano letivo.
No DF, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF) realizou assembleia com a instituições de ensino e a decisão foi manter as excepcionalidades devido à pandemia do coronavírus. “A gente tem observado nos países da Europa uma recidiva. Em caso de segunda onda ou pela falta da vacina, todas as escolas estão preparadas para manter o protocolo de profilaxia”, afirmou o presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.
Segundo ele, antes da pandemia, o DF tinha 570 escolas privadas em funcionamento. Hoje, são 500, com cerca de 50 mil alunos, todas aptas a manter o ensino híbrido ou a realizar uma configuração pedagógica que não contribua para a disseminação do vírus.
“Temos um guia de retorno às aulas que já está na sua terceira versão. Ele é digital e tem sido atualizado com frequência. Temos um acordo com as escolas para segui-lo. Todas continuarão a medir temperatura, manterão o uso de máscara obrigatório e todas as medidas necessária. Quando se trata de ensino remoto, nossas pesquisas são muito positivas em relação à produtividade e aprendizado dos alunos”, completou Domingues.
Escolas e faculdades tradicionais de Brasília, como o Leonardo da Vinci, o Sigma, o Iesb e o Rogacionista, foram ouvidas pelo Metrópoles. Todas optaram por manter, por enquanto, o ensino híbrido. No ato da matrícula, elas têm informado aos pais que vão seguir os protocolos previstos pelo CNE, Ministério da Educação, Ministério da Saúde e pelo Governo do Distrito Federal (GDF).
Nesse primeiro momento de incertezas e ainda dependendo de resultados sobre os casos de contaminação da Covid-19, elas informam manter o ensino híbrido em 2021. Uma nova orientação só ocorrerá se o cenário pandêmico mudar.
Na rede pública
Procurada, a Secretaria de Educação relembrou que o início do ano letivo de 2021 está previsto para iniciar nas escolas públicas em 8 de março. “A forma de retomada das atividades, ou seja, presencial ou híbrida, vai depender da situação da pandemia no DF”, disse a pasta.
Em relação à rede particular, a secretaria ressaltou que as instituições privadas de ensino podem manter o ensino híbrido ou presencial, respeitando as regras já descritas no decreto autorizativo, publicado em julho de 2020. Dessa forma, não é mais necessário solicitar autorização do Executivo local.