O pedido de demissão de Joaquim Levy foi apresentado ao ministro Paulo Guedes na noite de sábado (15) em uma conversa por telefone.
Neste domingo (16), Levy emitiu uma nota oficial sobre o seu pedido de desligamento. Agradeceu a confiança dada a ele por Guedes e também aos funcionários do BNDES, e disse que espera que o governo consiga aprovar as reformas necessárias para o desenvolvimento do país. Na nota, em nenhum momento Levy cita o nome do presidente Jair Bolsonaro.
A relação com Bolsonaro vinha se desgastando há algum tempo. Primeiro porque Levy estava resistente na devolução de recursos emprestados pelo Tesouro Nacional ao banco nos governos do PT, a tal caixa-preta que tinha que ser aberta a pedido do atual presidente da República não foi feita a contento.
Além disso, Levy estaria resistente à venda de ativos de participações societárias do banco em empresas de capital aberto. Para completar, uma crise interna: mudanças na gestão do Fundo Amazônia, sugeridas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Vários nomes estão cotados para a vaga de presidente do BNDES. Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e presidente do conselho do banco; Carlos Tadeu de Freitas, ex-diretor do BNDES e também conselheiro do banco; Solange Paiva Vieira, atualmente na Susep e funcionária do BNDES; além de Salim Mattar, o responsável pelas privatizações do governo Bolsonaro.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga