domingo, 23/02/25
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Sem lucro de cartel, motorista do DF poderia economizar R$ 915 por ano

Cálculo  estimou tanque de 55 litros e dois abastecimentos por mês. PF desarticulou grupo suspeito de cobrar 20% a mais no preço da gasolina.

Sem o suposto cartel apontado pela Polícia Federal e o Ministério Público que elevaria preços de combustível em 20%, motoristas do Distrito Federal poderiam economizar R$ 915,20 por ano ao abastecer o carro. Foi feiro  como base para o cálculo um carro popular com tanque de 55 litros, enchido uma vez a cada duas semanas.

De acordo com a Agência Nacional do Petrólego (ANP), o litro da gasolina no DF custa até R$ 3,79. Sem a margem de lucro do suposto cartel, o valor cairia para R$ 3,15 – tornando-se a gasolina mais barata do país, em média.

Nesta terça-feira (24), a Polícia Federal deflagrou uma operação para desmembrar um grupo que combinaria preços na distribuição e revenda de combustíveis no DF e no Entorno há pelo menos dez anos. Sete pessoas foram presas preventivamente, incluindo donos de postos e gerentes de distribuidoras.

Além dos mandados de prisões, também foram expedidos 44 mandados de busca e apreensão e 25 de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento). Parte deles foi cumprida no Rio de Janeiro.

Em Águas Claras, a família do estudante de relações internacionais Guilherme Borges tem dois carros na garagem. Segundo ele, a redução de 20% no preço do combustível seria bem-vinda. “Por causa do alto preço hoje, a gente teve que estabelecer uma escala para o uso do carro”, disse o jovem, de 25 anos, que divide o veículo com o irmão.

Psto de combustível na 103 Sul exibe novos preços da gasolina e do diesel após reajuste (Foto: Isabella Calzolari/G1)
Posto de combustível na 103 Sul

“Evitamos ao máximo ir ao Plano Piloto para tentar economizar combustível, já que é um trajeto que consome bastante gasolina, principalmente com congestionamentos”, continuou o estudante.

Para a fotógrafa Pollianna Oliveira, a queda no preço dos combustíveis traria alívio para o orçamento. “Sobraria mais dinheiro para comida, que é o que mais estou sentindo no bolso”, afirmou a moradora de Taguatinga Sul, que abastece toda semana.

Trabalhando no Sudoeste, ela diz precisar do carro “para tudo”. “Vou para cima e para baixo dependendo de gasolina. Só não diminuo o ritmo porque é ferramenta de trabalho”, continuou. “Mas por isso, tenho que cortar uma série de coisas. Lazer já virou luxo para bancar a gasolina.”

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