Parlamentares conservadores votam em segundo turno para que restem dois nomes, que serão votados por todos os filiados do partido
Seis candidatos enfrentam um segundo turno de votação, nesta quinta-feira (14), para assumir como o próximo primeiro-ministro do Reino Unido, no lugar de Boris Johnson.
Após a decisão de renúncia do atual premiê, os parlamentares conservadores votarão em seus candidatos preferidos, já tendo eliminado dois no primeiro turno, nesta quarta-feira (13).
Quando restarem dois candidatos finalistas, o vencedor será escolhido em uma votação ampla entre os mais de 160 mil membros do Partido Conservador, com voto por correspondência. O anúncio do vencedor será feito no dia 5 de setembro.
Infográfico explicativo de como será a escolha do líder do Partido Conservador que sucederá Boris Johnson. / CNN
Os candidatos restantes incluem Kemi Badenoch, que ocupou cargos ministeriais juniores, incluindo mais recentemente o de ministra da Igualdade, mas nunca serviu no Gabinete do Primeiro-Ministro.
Ex-conservadora da Assembleia de Londres, ela também atuou como vice-presidente do Partido Conservador. Badenoch, 42, apoiou a saída da União Europeia no referendo de 2016.
Suella Braverman atual procuradora-geral britânico foi fortemente criticada por advogados depois que o governo tentou violar a lei internacional sobre as regras comerciais pós-Brexit na Irlanda do Norte.
Ela fez campanha para deixar a UE e atuou como ministra júnior no Departamento do Brexit sob a ex-primeira-ministra Theresa May, mas renunciou em protesto contra o acordo proposto para o Brexit, dizendo que não foi suficientemente longe para romper os laços com o bloco.
Penny Mourdaunt, ex-secretária de Defesa, foi demitida por Johnson quando ele se tornou primeiro-ministro depois que ela endossou seu rival, Jeremy Hunt, durante a disputa pela liderança de 2019.
Atualmente uma ministra júnior do Comércio, Mordaunt chamou os funcionários do governo que violaram as leis de lockdown da Covid-19 para festas de “vergonhosos” e disse que, se ela for primeira-ministra, a liderança precisa mudar para ser menos sobre o líder.
Rishi Sunak anunciou sua candidatura à liderança com um vídeo de campanha no qual prometeu enfrentar o difícil cenário econômico com “honestidade, seriedade e determinação”, em vez de sobrecarregar as gerações futuras.
Sunak, 42, tornou-se ministro das Finanças no início de 2020 e foi elogiado por um pacote de resgate econômico da Covid-19, incluindo um programa caro de retenção de empregos que evitou o desemprego em massa.
Chanceler do Tesouro britânico Rishi Sunak deixa Downing Street após reunião, em 26 de maio de 2022. / Leon Neal/Getty Images
Liz Truss, a ministra das Relações Exteriores, tem sido a queridinha das bases do Partido Conservador e regularmente lidera as pesquisas de membros do partido realizadas pelo site Conservative Home.
Truss tem uma imagem pública cuidadosamente cultivada e foi fotografada em um tanque no ano passado, ecoando uma famosa foto de 1986 de Thatcher.
Tom Tugendhat, presidente do comitê de relações exteriores do parlamento, e ex-soldado que lutou no Iraque e no Afeganistão. No entanto, ele é relativamente não testado porque nunca serviu no Gabinete.
Tugendhat, 49, tem sido um crítico regular de Johnson e ofereceria ao seu partido uma ruptura com os governos anteriores.