Secretário de Estado dos EUA diz que país vai ajudar a Índia na luta contra a Covid-19

Porta-voz da embaixada indiana em Washington afirma que países negociam envio de insumos de empresas norte-americanas para a produção de vacinas na Índia, segundo a agência Reuters.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou na noite deste sábado (24) que o país planeja enviar ajuda para a Índia, que vem batendo recorde atrás de recorde nos últimos dias e vive seu pior momento na pandemia da Covid-19.

Em uma rede social, Blinken escreveu que os norte-americanos estão trabalhando com seus “parceiros” no governo indiano para acertarem a ajuda ao país.

“Nossos corações estão com o povo indiano em meio a um terrível surto de Covid-19. Estamos trabalhando em estreita colaboração com nossos parceiros no governo indiano e enviaremos ajuda rapidamente ao povo da Índia e aos heróis que são os trabalhadores de saúde da Índia”, afirmou Blinken.

Não foram divulgados detalhes de como será essa ajuda. À agência Reuters, um porta-voz da Casa Branca afirmou que os EUA estão muito preocupados com a situação da Índia e que mais informações serão reveladas “em breve”.

Também à Reuters, um representante da embaixada indiana em Washington, nos EUA, disse que as negociações entre os países visam garantir o fornecimento de um “pequeno suprimento de insumos e componentes de empresas americanas para a produção de vacinas contra Covid-19 na Índia”.

Colapso na Índia

Pelo terceiro dia seguido, a Índia bateu o recorde de mais casos registrados de Covid-19 em 24 horas, com 346.786. Segundo o Ministério da Saúde indiano, o país contabiliza, no total, 16,6 milhões de infecções e 189.544 óbitos.

Em Nova Delhi, a capital do país, hospitais entraram em colapso. Em um deles, seguranças estão impedindo a entrada de pessoas porque não há quartos disponíveis. Um jovem de 17 anos contou que a única coisa que pode fazer pelo pai foi “vê-lo morrer” na fila.

Na sexta-feira (23), o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom disse que a situação da Índia é um “lembrete devastador” do que o novo coronavírus é capaz de fazer.