Órgãos de governo dos EUA como o Departamento de Tesouro e a Administração Nacional de Telecomunicações tiveram suas redes invadidas. Especialistas americanos afirmaram que o ataque teve apoio da Rússia, mas os russos negam terem relação com a invasão.
O governo da Rússia afirmou nesta segunda-feira (14) que o país não tem nenhuma relação com a ação de hackers que tiveram acesso aos e-mails de órgãos governamentais dos Estados Unidos.
No domingo, o governo dos EUA reconheceu que foi alvo de ação de um grupo de hackers que invadiu as redes dos departamentos do Tesouro, do Comércio e da Administração Nacional de Telecomunicações.
Especialistas federais e privados ouvidos pela agência Reuters afirmam que os hackers foram apoiados pelo governo russo.
O porta-voz do Kremlin (sede do governo russo), Dmitry Peskov, negou as alegações. “Mais uma vez eu rejeito as acusações e uma vez mais quero lembrá-los que foi o presidente [Vladimir] Putin que propôs aos americanos que concluíssem um acordo [com a Rússia] sobre cyber segurança”, afirmou ele.
“Se houve ataques por muitos meses, e os americanos não conseguiram fazer nada, provavelmente não vale a pena acusar sem bases os russos. Nós não tivemos nada a ver com isso”, disse ele.
Americanos investigam ataques
O governo dos EUA teme que o ataque tenha atingindo outros setores governamentais.
Segundo informações do jornal “New York Times”, uma série de investigações está em andamento para determinar se outras partes do governo sofreram ataque.
No domingo, em coletiva de imprensa, John Ullyot, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, informou que está tomando medidas para identificar e remediar quaisquer possíveis problemas relacionados a esta situação.
De acordo com a Reuters, um funcionário do governo informou que ainda não é possível dizer o quão prejudiciais foram os ataques recentes e quanto material foi perdido. O Conselho de Segurança Nacional teria se reunido no sábado (12) na Casa Branca para tratar sobre o assunto.
Segundo a Reuters, os e-mails da equipe do Departamento de Comércio foram monitorados pelos hackers durante meses. (G1)