Donald Trump havia declarado que Putin aceitaria permanência de tropas europeias em território ucraniano
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O Kremlin desmentiu a afirmação feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a Rússia aceitaria tropas europeias de manutenção da paz, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na Ucrânia. A declaração do norte-americano foi feita nessa segunda-feira (24/2) após encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, na Casa Branca.
Entenda o que aconteceu
- Nessa segunda-feira (24/2), após um encontro com o presidente francês Emmanuel Macron, na Casa Branca, Trump afirmou que conversou por ligação com o presidente russo, Vladimir Putin, e declarou que “Putin aceitará” a permanência de tropas europeias em território ucraniano.
- A medida foi anunciada como nova estratégia para garantir estabilidade na região e após semanas de negociações. As tropas da Otan não lutariam em prol dos soldados de Kiev, mas seriam enviadas para estabelecer a paz em território.
- Macron confirmou a intenção de não colocar soldados europeus no front, mas somente como garantia de que os combates fossem encerrados. Já o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou estar “pronto e disposto” a enviar forças para a Ucrânia.
- Entretanto, o governo russo desmentiu, nesta terça-feira (25/2), a afirmação de Donald Trump de que a Rússia aceitaria tropas europeias de manutenção da paz na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse à imprensa que o governo Putin não tinha nada a acrescentar à posição do Ministério das Relações Exteriores sobre a inaceitabilidade das forças de paz da OTAN na Ucrânia.
Na última semana, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a implantação de tropas da Otan sob outra bandeira – “sob a bandeira da União Europeia ou sob bandeiras nacionais” – seria “inaceitável” para a Rússia.