A Rússia acusou nesta terça-feira (13) o governo ucraniano de rejeitar uma negociação com os separatistas pró-Moscou do leste da Ucrânia e insistiu para que a questão dos direitos das regiões seja negociada antes das eleições presidenciais de 25 de maio.
“A recusa das autoridades de Kiev a um diálogo real com os representantes das regiões, especialmente do sul e leste do país, constitui um obstáculo sério no caminho da desescalada”, afirma o ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.
A nota pede a europeus e americanos que pressionem Kiev para que as questões constitucionais sobre os direitos das regiões sejam solucionadas “antes da eleição prevista para 25 de maio”.
A Rússia também afirmou que as novas sanções da União Europeia irão complicar os esforços para acabar com a crise, e pediu que as nações ocidentais convençam Kiev a discutir a estrutura da nação antes da eleição.
Os resultados dos referendos “devem ser um sinal claro para Kiev da profundidade da crise”, disse a nota.
O Kremlin não chegou a endossar a independência dessas regiões ou sua absorção pela Rússia, mas disse que os referendos salientam a necessidade de conversações entre o governo pró-ocidental e os separatistas do leste.
O anúncio russo coincidiu com a visita a Kiev do ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, que apoiou um “diálogo nacional” entre o governo da Ucrânia e as regiões separatistas do leste com a mediação da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
A Alemanha “apoia o plano do governo ucraniano para um diálogo nacional” com as regiões separatistas, declarou Steinmeier após um encontro em Kiev com o primeiro-ministro Arseni Yatseniuk.
“As eleições presidenciais de 25 de maio desempenharão um papel decisivo para restabelecer a paz”, declarou o ministro alemão, que também tem uma reunião programada com o presidente interino Olexander Turchynov.
Fonte: G1