quarta-feira, 29/10/25
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‘Rio em guerra’: imprensa internacional repercute megaoperação contra o CV que deixou mais de 60 mortos

Veículos de imprensa reportaram intensa troca de tiros e articulação de grupo criminoso no Rio de Janeiro. Mais de 80 pessoas foram presas, segundo as autoridades.

 

 

A imprensa internacional está repercutindo a megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV), na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (28). Segundo as autoridades, 64 pessoas morreram e outras 81 foram presas. Quatro policiais foram mortos.

A operação acontece nos complexos do Alemão e da Penha, tornando-se a mais letal da história do estado, segundo números do governo do Rio de Janeiro. O tráfico orquestrou represálias em diferentes pontos da cidade.

A notícia repercutiu em veículos de imprensa ao redor do mundo, que afirmaram que o Rio vive cenas de guerra. Veja como a megaoperação foi noticiada a seguir:

  • The Guardian: o jornal britânico afirmou que o Rio está “em guerra” após a operação policial contra um dos grupos criminosos mais poderosos do país.
  • Público: o jornal português destacou que os criminosos utilizaram drones para lançar bombas contra a polícia.
  • RFI: a rádio francesa citou relatos de policiais fortemente armados e relembrou dados sobre a violência no Rio de Janeiro.
  • Reuters: a agência de notícias afirmou que a megaoperação ocorre poucos dias antes de a cidade receber eventos que antecedem a COP30.
  • El País: o jornal espanhol disse que o Rio de Janeiro sofreu com intensos tiroteios e que as autoridades mobilizaram cerca de 2.500 policiais na operação.
  • Clarín: o veículo argentino reportou que a megaoperação deixou cenas de guerra no Rio de Janeiro e relembrou o histórico do CV no estado.
  • La Nación: o jornal argentino afirmou que a operação visa conter a principal organização criminosa do estado, com a polícia usando veículos blindados, helicópteros e drones.

 

The Guardian, Reino Unido

 

O jornal britânico The Guardian afirmou que o Rio está “em guerra” e vive “o pior dia de violência da história”, após mais de 60 pessoas terem sido mortas na megaoperação contra o Comando Vermelho.

“A operação realizada antes do amanhecer provocou intensos tiroteios dentro e nos arredores das favelas do Alemão e da Penha, onde vivem cerca de 300 mil pessoas. Traficantes da facção criminosa Comando Vermelho começaram a atirar e incendiaram barricadas e carros enquanto policiais civis, militares e forças especiais avançavam”, diz a reportagem.

“Imagens chocantes de algumas das vítimas, jovens do sexo masculino, circularam nas redes sociais.”

 

A reportagem classificou o CV como um dos grupos do crime organizado mais poderosos do Brasil e destacou que a operação ocorreu em uma área próxima ao Aeroporto Internacional do Galeão.

The Guardian noticia megaoperação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

The Guardian noticia megaoperação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Público, Portugal

O jornal Público destacou que criminosos utilizaram drones para lançar granadas contra as forças de segurança, além de bloquearem ruas para impedir o avanço dos policiais.

“A Operação Contenção, da qual faz parte esta iniciativa, ‘visa combater a expansão territorial do CV e capturar líderes criminosos do Rio de Janeiro e de outros estados’, lê-se numa nota divulgada pelo governo estadual do Rio de Janeiro”, afirma a reportagem.

“Levada a cabo por cerca de 2.500 membros das polícias Militar e Civil, a operação foi descrita pelo governo como a maior já realizada contra o Comando Vermelho.”

 

A publicação afirmou que esta é a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, citando dados coletados pela imprensa brasileira e divulgados pelas autoridades.

Reportagem do jornal 'Público', de Portugal, sobre megaoperação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Reportagem do jornal ‘Público’, de Portugal, sobre megaoperação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

RFI, França

A rádio francesa RFI destacou que policiais fortemente armados realizaram incursões nas favelas da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio.

A emissora também lembrou dados sobre a violência no Rio de Janeiro, ressaltando que as operações policiais são frequentes nas favelas e que o estado vive sob forte presença de facções do narcotráfico.

 

“Operações policiais pesadas são comuns no Rio, principal polo turístico do Brasil, especialmente nas favelas, bairros pobres e densamente povoados, frequentemente dominados por traficantes de drogas”, diz a reportagem.

“Em 2024, aproximadamente 700 pessoas morreram durante operações policiais no Rio, ou quase duas por dia.”

 

RFI repercute megaoperação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

RFI repercute megaoperação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Reuters, Reino Unido

 

A agência de notícias Reuters destacou que a megaoperação ocorre poucos dias antes de o Rio de Janeiro sediar eventos que antecedem a COP30, como o C40, encontro global de prefeitos, e o Earthshot Prize, premiação criada pelo príncipe William.

A reportagem lembrou que ações policiais de grande escala são comuns no Rio antes de eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014, os Jogos Olímpicos de 2016 e a cúpula do G20 em 2024.

“A operação de terça-feira foi descrita pelo governo estadual como a maior já realizada contra o Comando Vermelho”, afirma a reportagem.

 

“Cerca de 50 unidades de saúde e educação tiveram suas rotinas interrompidas pelos confrontos, e as rotas dos ônibus tiveram que ser alteradas para evitar os tiros.”

Reuters publicou reportagem sobre operação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Reuters publicou reportagem sobre operação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

El País, Espanha

 

O jornal El País afirmou que o Rio de Janeiro sofreu com intensos tiroteios e que as autoridades mobilizaram cerca de 2.500 policiais na operação.

“O descomunal desdobramento policial foi respondido com intensos tiroteios pelos homens do Comando Vermelho, que chegaram a lançar granadas de drones sobre os agentes.”

 

“O governador do estado do Rio, Cláudio Castro, queixou-se de que ‘o Rio está sozinho nesta guerra’, criticou a falta de apoio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e pediu ajuda às Forças Armadas”, afirma.

A reportagem descreveu a cidade como “um cenário de caos colosal” e destacou que a operação teve como foco os complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte, áreas que abrigam quase 300 mil pessoas.

Jornal espanhol El País noticia megaoperação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Jornal espanhol El País noticia megaoperação no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Clarín, Argentina

O jornal Clarín informou que a megaoperação deixou cenas de guerra no Rio de Janeiro e relembrou o histórico do Comando Vermelho no estado.

“O Comando Vermelho é uma das organizações criminosas mais antigas e conhecidas do Brasil. Surgiu nas prisões do Rio na década de 1970”, diz. “Rapidamente, tornou-se uma poderosa organização criminosa, envolvendo tráfico de drogas, assaltos a bancos e outros crimes.”

 

O jornal argentino também descreveu imagens de confrontos da megaoperação e disse que a ação visa combater o tráfico de drogas.

“Imagens captadas em vídeo mostram colunas de fumaça e fogo sobre uma das favelas, lembrando cenas de cidades sob ataque em conflitos armados.”

 

Jornal argentino Clarín fala sobre megaoperação no Rio — Foto: Reprodução

Jornal argentino Clarín fala sobre megaoperação no Rio — Foto: Reprodução

La Nación, Argentina

O jornal La Nación afirmou que a operação visa conter a principal organização criminosa do estado, com a polícia utilizando veículos blindados, helicópteros e drones.

A reportagem destacou que a ação foi realizada nos complexos da Penha e do Alemão, considerados bases estratégicas para o projeto de expansão territorial do CV, e envolveu um amplo desdobramento de policiais civis e militares.

“A ampla operação das Polícias Civil e Militar nas favelas da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, deixou quatro policiais mortos e oito feridos na manhã de terça-feira.”

 

“As autoridades alertaram que os batalhões permanecem em alerta para possíveis represálias de gangues criminosas”, diz o texto.

La Nación repercute megaoperação no Rio — Foto: Reprodução

La Nación repercute megaoperação no Rio — Foto: Reprodução

 

 

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