A ex-senadora e ex-ministra é potencial candidata à Presidência pela Rede Sustentabilidade na eleição do próximo ano
Potencial candidata à Presidência pela Rede Sustentabilidade na eleição do próximo ano, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva criticou nesta quinta-feira (3/8) o resultado da votação da Câmara que barrou a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB-SP). Em vídeo publicado em sua conta no Twitter, Marina classificou o arquivamento da acusação formal como “repugnante”.
A ex-ministra também contou que recebeu a notícia com “grande indignação” e defendeu que o crescimento econômico, justificativa usada por muitos parlamentares que votaram a favor do presidente, “não pode ser transformado em sinônimo de impunidade”.
“É com grande indignação que recebemos o resultado da votação que decidiu absolver o presidente Temer da grave denuncia por corrupção passiva feita pelo Ministério Público Federal (MPF)”, disse em vídeo publicado em seu Twitter.A ex-ministra falou, ainda, que os parlamentares que votaram a favor do relatório de Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) e, portanto, a favor de Temer, estão “na contramão do que deseja a sociedade brasileira”.
“Duzentos e sessenta e três senhores deputados, na contramão do que deseja a sociedade brasileira, decidiram absolver o presidente Temer com a desculpa de que o Brasil precisa voltar a crescer”, criticou. Marina também ressaltou que “o crescimento Brasil não pode ser transformado em sinônimo de impunidade”.
Sem citar diretamente a Operação Lava Jato, Marina defendeu o apoio ao trabalho do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público. “Se eles (deputados governistas) decidiram romper o lanço com aqueles que dizem representar, aí é que nós devemos continuar mobilizados, apoiando o trabalho da Justiça, da Polícia Federal, e do Ministério Público, para que eles nos ajudem a passar o Brasil a limpo.”
Nesta quarta-feira (2), os quatro parlamentares da Rede Sustentabilidade votaram contrários a Temer. A ex-senadora já havia publicado um vídeo, na véspera da votação, para pressionar o Congresso a votar pelo encaminhamento da denúncia contra Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Temer precisa ser julgado”, disse ela em seu Facebook.