Representantes da Polícia Militar vão realizar uma assembleia na próxima terça-feira (26/11) para discutir pontos da Medida Provisória entregue pelo Governo do Distrito Federal à União nesta semana. A MP prevê um aumento de 32,5% no salário líquido de policiais militares e integrantes do Corpo de Bombeiros Militar. Apesar das avaliações positivas da PM após a assinatura da MP, membros da corporação questionaram se, no fim das contas, realmente haverá equiparação dos salários das forças de segurança pública segurança pública.
Eduardo Naime, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar Distrito Federal (ASOFPM), explica que a assembleia deve esclarecer esses pontos. “Começam a surgir muitas informações, tabelas e cálculos que nem sabemos de onde vêm. Tem coisa que eu, como oficial superior, ainda tenho dúvida. Mas estamos em diálogo constante para deixar tudo mais claro”, disse.
Para Eudardo, é importante lembrar que o país vive um momento de crise e que a proposta não é ruim, só precisa de reajustes. “É cedo dizer que a corporação rejeitou a medida. Depois de terça-feira vamos dizer se ela é boa ou ruim. Ainda temos que avaliar questões do auxílio moradia e da equiparação das carreiras nos salários líquidos, por exemplo”, concluiu Naime.
A MP assinada nesta semana também diz respeito aos salários dos servidores do Corpo de Bombeiros. Para a Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (ASSOFBM), ela não foi positiva. “É uma medida que não é boa, necessita de alterações. Do jeito que está, possui erros e ocasiona grande perda salarial caso seja aprovada e publicada. Isso porque o GDF considerou o auxílio moradia na remuneração bruta, mas pagando somente a partir de junho de 2020. Com isso, ficaríamos sem 20% da nossa remuneração líquida até lá”, avaliou Eugênio Cesar Nogueira, presidente da associação.
Em fevereiro deste ano, o GDF encaminhou o projeto de reajuste dos agentes civis. Agora, as duas propostas aguardam a avaliação do Executivo Federal.
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