Em ofício enviado a conselhos e Ministério da Saúde, entidades médicas divulgam orientações para tradução. Medicamentos foram doados pela China na semana passada.
Cinco entidades médicas enviaram, nesta semana, um ofício aos conselhos municipais e estaduais de Saúde e ao Ministério da Saúde pedindo que medicamentos do “kit intubação” doados pela China na semana passada tenham rótulos traduzidos do mandarim para o português. A informação foi divulgada primeiro pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Em um segundo ofício, as cinco entidades dão sugestões de como traduzir as etiquetas originais. Ambos os documentos são assinados pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP), Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH).
Os remédios doados foram midazolam e propofol (sedativos), fentanila (anestésico) e cisatracúrio (bloqueador neuromuscular).
No primeiro documento, do dia 20 de abril, as entidades recomendam que o Ministério da Saúde “providencie com a maior brevidade possível a tradução da bula na íntegra, viabilizando informações sobre armazenamento, preparo e administração destes medicamentos, estando facilmente disponíveis para a equipe envolvida no manejo direto do paciente”.
As sociedades e associações também pedem que a dispensação dos medicamentos seja feita por prescrição ou por formulário, evitando-se a prescrição verbal. As entidades solicitam, ainda, que os remédios sejam armazenados de forma separada e identificada pelos serviços de farmácia hospitalar – evitando trocas e erros na cadeia de abastecimento.
Além disso, caso os medicamentos não sejam usados, devem ser devolvidos imediatamente – para evitar excedentes e um possível aumento do risco de ocorrerem eventos adversos envolvendo as substâncias.
Com informações do G1*