quinta-feira, 25/12/25
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Relator dá parecer favorável ao projeto que prorroga desoneração da folha de pagamentos até 2023

Projeto abrange os 17 setores da economia que mais empregam no país. Plenário do Senado votará proposta nesta quinta-feira.

Reprodução

O senador Veneziano Vital do Rêgo(MDB-PB) apresentou nesta quinta-feira (9) parecer favorável ao projeto que prorroga até 2023 a desoneração da folha de pagamento das empresas. O plenário do Senado votará o tema ainda nesta quinta.

A sessão foi agendada na última terça-feira (7), após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter se reunido com representantes dos 17 setores abrangidos pelo projeto. Esses setores são os que mais geram empregos no país e pediram que a votação acontecesse ainda nesta semana. 

A desoneração permite às empresas substituir a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%. 

O projeto abrange os setores da indústria têxtil; calçados; máquinas e equipamentos; proteína animal; construção civil; comunicação; transporte rodoviário; e outros. 

O relatório

No relatório, Veneziano não fez alterações ao texto aprovado pela Câmara e rejeitou a única emenda apresentada até a última atualização desta reportagem – o prazo segue aberto até as 14h. 

A emenda pedia a inclusão do setor de fundição no rol das empresas beneficiadas pela desoneração da folha. O relator, ao negar o pedido, ressaltou a “premência do tempo” e argumentou que seria mais apropriada a apresentação de um projeto de lei para avaliar a medida. 

Veneziano ressaltou também que, com o aumento da vacinação contra a Covid-19 e a consequente redução de média de novos casos, “o reaquecimento da economia impõe estímulos fiscais e a prorrogação (ou manutenção) dos já existentes”. 

“Assim, ressaltamos que a desoneração proposta neste projeto já consta historicamente em nosso ordenamento e, com a aprovação desta Casa, continuará a atender os mesmos setores”, afirmou o relator no parecer. 

“Ainda vivemos altos índices de desemprego, a subocupação e desalento. Neste sentido, a não prorrogação da desoneração da folha criaria óbices para a retomada de empregos”, acrescentou Veneziano Vital do Rêgo.

O relator ainda defendeu que, no lugar de “medidas paliativas e temporárias”, o Congresso passe a se debruçar sobre o debate de “medidas reais e permanentes” de estímulo ao emprego e à economia do país e citou, entre as ações, a necessidade de uma reforma tributária.

A desoneração

O projeto da desoneração da folha foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 17 de novembro e, desde então, aguarda a análise dos senadores. 

O presidente do Senado decidiu que o texto será votado diretamente no plenário, isto é, sem a necessidade de passar por comissões. 

A desoneração acabaria em 2020, e o Congresso Nacional aprovou a prorrogação até o fim de 2021. 

O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, vetou a prorrogação, mas o Congresso Nacional derrubou o veto, o que, na prática, estendeu a desoneração até o fim de 2021. 

Cabe aos parlamentares analisar vetos presidenciais a trechos de projetos aprovados pelos legislativos. Deputados e senadores podem manter ou derrubar a decisão do presidente da República.

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