Comunidade escolar do Distrito Federal mobilizou-se para escolher representantes na quarta-feira (22)

A rede pública de ensino do Distrito Federal vivenciou um dia crucial para a participação comunitária, na quarta-feira (22), com as eleições para a Gestão Democrática 2025. O pleito ocorreu em 251 unidades escolares, para preencher vagas remanescentes e garantir a representatividade. Desse total, 239 escolas elegeram somente conselheiros escolares, duas unidades votaram apenas para a chapa (diretor e vice) e dez elegeram representantes para ambas as instâncias, assegurando que nenhuma unidade fique sem uma equipe gestora à frente das decisões.
“O bacana é essa discussão sobre a escola, a participação de todos os segmentos, as pessoas se interessarem, ter os candidatos que fazem suas campanhas, conversam com os alunos, conosco da direção, com os diversos segmentos”
Eliel de Aquino, diretor do CEDM 2 de Ceilândia
A Gestão Democrática é um instrumento-chave na construção coletiva do ambiente de ensino. Por meio desse exercício, a comunidade escolar tem a oportunidade de discutir projetos, ideias e estabelecer um diálogo amplo com os diversos segmentos que compõem a escola. Esse engajamento é importante para encontrar soluções para desafios e promover a melhoria contínua, tanto do espaço físico quanto das estratégias de aprendizagem.
O diretor do Centro de Ensino Médio (CEM) 2 de Ceilândia, Eliel de Aquino, que está em seu segundo mandato desde 2019, avalia o processo como vital para a saúde da escola. “Sem dúvida, é um momento ímpar para”, aponta. “O bacana é essa discussão sobre a escola, a participação de todos os segmentos, as pessoas se interessarem, ter os candidatos que fazem suas campanhas, conversam com os alunos, conosco da direção, com os diversos segmentos. E aí, torna-se uma coisa muito viva dentro da escola”.
CELs e o conselho escolar
Para que todo o processo eleitoral transcorra, a atuação das comissões eleitorais locais (CELs) é fundamental. O protagonismo das CELs vai além do dia da votação, sendo fundamental para o registro das chapas, o acompanhamento, a fiscalização e o cumprimento do edital vigente. Essa atuação assegura a lisura, a segurança e a efetividade das diferentes etapas do processo.
A professora Vânia Rosa, presidente da CEL no CEM 2 de Ceilândia, reafirma a importância das comissões como agentes articuladores: “Esse ano tivemos um desfalque no conselho escolar que fez a comunidade reconhecer a importância dessa entidade e da participação ativa na Gestão Democrática, e agora estamos com muitos candidatos, desde pais e professores, até estudantes. Se a comunidade escolar não está por dentro do que está acontecendo na sua própria escola, como as coisas vão andar? Como vamos usar o dinheiro que recebemos em benefícios para a escola? Todo esse processo é muito importante para garantirmos que a verba será utilizada da melhor forma”.
A recomposição dos conselhos escolares, prioridade deste pleito, é essencial para o fortalecimento da democracia interna. O conselho é o órgão que garante uma tomada de decisões mais plural, considerando as ideias e necessidades de toda a comunidade. Promove um ambiente de transparência e colaboração na gestão, envolvendo todos os atores do processo educativo. Além disso, ao discutir e fiscalizar o projeto pedagógico, o conselho contribui para a melhoria contínua da qualidade da educação.
A função do conselho escolar é promover a gestão participativa por meio de responsabilidades claras. Entre suas principais atribuições estão a deliberativa, decidindo sobre o projeto político-pedagógico (PPP), e a fiscalizadora, acompanhando a execução de ações e o uso de recursos financeiros. O órgão atua também de forma consultiva, assessorando a direção em questões pedagógicas e administrativas, e mobilizadora, incentivando a participação integrada dos diferentes segmentos da comunidade escolar.
*Com informações da Secretaria de Educação

