‘É quase como se perdêssemos o avô da nação e sinto muito, apoio minha mãe, que provavelmente está sentindo isso mais do que qualquer outra pessoa’, comentou o príncipe Andrew neste domingo. Funeral de Philip ocorre no próximo sábado.
A morte do marido da Rainha Elizabeth II, dois meses antes dos 100 anos, deixou “um grande vazio” para a vida de quem era sua esposa há 73 anos, a rainha Elizabeth II, segundo seu filho Andrew afirmou após uma missa neste domingo (11)
O príncipe Philip, conhecido pelo seu caráter forte, pela sua franqueza, comprometimento com a monarquia e o país, marca uma mudança de época para várias gerações de britânicos, habituados a ver a soberana acompanhada fielmente pelo marido.
A rainha descreve o momento como “um grande vazio em sua vida”, segundo declarou seu filho Andrew em resposta a questionamentos da televisão britânica neste domingo, citando a monarca.
“É quase como se perdêssemos o avô da nação e sinto muito, apoio minha mãe, que provavelmente está sentindo isso mais do que qualquer outra pessoa”, acrescentou o terceiro filho do casal.
Andrew, de 61 anos, muitas vezes considerado o filho preferido de Elizabeth II, deixou a família real em 2019 por causa de sua amizade com o financista americano Jeffrey Epstein, acusado de exploração sexual de menores.
O retorno do príncipe Harry a Londres por ocasião do funeral de seu avô, o príncipe Philip, também aumenta a esperança de uma reconciliação familiar depois que o filho mais novo do príncipe Charles mudou-se para os Estados Unidos.
O ex-primeiro-ministro John Major disse à BBC que “esperava” que os “atritos” diminuíssem “o mais rápido possível”, considerando que “a dor compartilhada (…) representa uma oportunidade ideal”.
O príncipe Charles declarou no sábado que tanto ele quanto a família real “sentem muita falta” de seu pai, a quem descreveu como uma “pessoa muito especial”.
Funeral
O funeral do príncipe Philip será realizado no sábado no Castelo de Windsor, a oeste de Londres, e será restrito ao círculo familiar devido à pandemia. Poderão assistir apenas 30 pessoas, que devem incluir os quatro filhos de Philip e Elizabeth II (Charles, Anne, Andrew e Edward), seus companheiros e filhos.
Um ano após a surpreendente partida do príncipe Harry e sua esposa, Meghan, que concederam uma polêmica entrevista na televisão americana há um mês, o funeral pode ser uma oportunidade para estreitar laços e curar feridas, segundo a imprensa britânica comentou neste domingo.
Harry viajará da Califórnia, mas sua esposa, Meghan, de 39 anos, não o acompanhará, pois seu médico a aconselhou a não fazê-lo porque está grávida de seu segundo filho, segundo o Palácio de Buckingham.
Será a grande volta do filho caçula de Charles e Diana desde a polêmica entrevista que concedeu com a esposa à apresentadora americana Oprah Winfrey em 7 de março, na qual acusou a monarquia de não tendo prestado apoio à sua esposa, que, por sua vez, mencionou ter até pensamentos suicidas.
Ambos garantiram que um membro da família real havia se comportado de forma racista ao se perguntar sobre qual cor da pele o filho deles teria, mas longe das câmeras especificaram que não teria sido nem a rainha ou seu marido.
Harry, de 36 anos, também se declarou “verdadeiramente decepcionado” com a falta de apoio do pai e revelou que havia se afastado do irmão, William.
Desde que se retirou da família real, há mais de um ano, o príncipe Harry não voltou a pisar no Reino Unido.
No próximo sábado, Harry e William seguirão o caixão do avô a pé até a Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, onde será realizada a cerimônia. Esse momento lembrará as imagens dos dois irmãos, acompanhados do pai, caminhando atrás do caixão de sua mãe, Diana, após sua morte em 1997.
“Ambos têm plena consciência de sua história comum e sem dúvida se lembrarão do impacto que seu avô teve em suas vidas. Em uma ocasião como esta, quando os irmãos se juntam ao luto, há esperança de que deem um novo rumo”, ressaltou uma fonte da monarquia ao tabloide britânico “The Mirror”.
Em sua entrevista para a rede CBS, “a intenção de Harry nunca foi machucar seus avós, apenas para explicar por que ele decidiu partir”, o colunista Bryony Gordon o defendeu no jornal “The Telegraph”.
Por France Presse*