Presidente brasileiro insinuou que a China criou o novo coronavírus deliberadamente como parte de uma “guerra química”
Os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e das Relações Exteriores, Carlos França, vão se reunir, nesta sexta-feira (7/5), com o embaixador da China, Yang Wanming. O encontro ocorrerá dois dias depois de o presidente Jair Bolsonaro insinuar que o país asiático criou o novo coronavírus como parte de uma “guerra química”.
“Vamos continuar trabalhando para manter as boas relações que o Brasil tem com a China, no que tange às questões da saúde. Eu e o ministro Carlos França estamos trabalhando juntos. Amanhã (sexta), nós temos uma audiência agendada com o embaixador chinês. E estou muitas esperanças que consigamos ampliar essas relações com a China, independente de quaisquer fatos”, declarou Queiroga à CPI da Covid-19.
O senador Humberto Costa (PT-PE), que havia perguntado se a declaração de Bolsonaro ajudaria na relação com os chineses, ironizou: “Eu imagino que ajudou muito a fala do presidente e o senhor vai chegar amanhã na Embaixada da China e vai ser recebido de braços abertos”.
Queiroga é o terceiro depoente da CPI da Covid. Antes, os senadores ouviram os esclarecimentos dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.
O general Eduardo Pazuello só será ouvido em 19 de maio, uma vez que teve contato com duas pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.