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Levantamento da consultoria norte-americana Mercer, que atua nas áreas de carreira, saúde, previdência e investimentos, mostrou que quase metade das empresas consideram a possibilidade de congelamento de salários este ano.
Das 215 entrevistadas, 45% consideram a medida, enquanto 26% pensam em adiar a definição das metas de desempenho, empatando com os 25% dos que pretendem revisar os indicadores de performance. Outras 30% avaliam a necessidade de redução da jornada e dos salários por tempo previamente determinado.
Com a crise, empresários buscam por alternativas de adaptação dos planos de remuneração para não perder o incentivo do trabalhador. Cerca de 19% dos negócios pretendem garantir uma remuneração variável mínima durante um tempo determinado, enquanto 12% estudam a introdução de campanhas e premiações aos funcionários.
Dos empresários entrevistados, 16% consideram reduzir as metas de venda e 11% a revisão de indicadores de desempenho.
De acordo com o líder de produtos de carreira da Mercer Brasil, Rafael Ricarte, “em tempos de crise, as empresas precisam adaptar suas estratégias, mas a atual pandemia e suas consequentes incertezas tem gerado muita dúvida para as organizações”, disse.
Para o especialista, a situação enfrentada pelo mundo é nova e não há base de comparação histórica, deixando os investidores mais aflitos. “Nosso estudo revelou que existe muita incerteza sobre como adequar as práticas de remuneração ao atual momento porque nunca vivenciamos uma situação como essa. A verdade é que o passado pode não ser mais um guia para o futuro”, concluiu.