Maria José Rocha Lima
Neste mês que dedicamos à mulher, a manifestante russa Marina Ovsyannikova deve merecer o título de Libertadora da Humanidade, pela bravura e coragem moral e ética de denunciar um ditador sanguinário que se mantém no poder pelo medo, pelas ameaças, pelas prisões e até acusação de assassinatos contra pessoas que se oponham ao seu regime tirânico.
Desde o início da invasão da Ucrânia, vimos pela imprensa prisões e mais prisões de manifestantes: jovens, adultos, pessoas idosas. As prisões já passavam de 15 mil manifestantes russos contra a guerra, que promove matança de inocentes e devasta a Ucrânia.
Coube à russa Marina Ovsyannikova denunciar a opressão e o protesto do povo russo, antiguerra, ao vivo na TV. Na noite de segunda-feira, ela irrompeu no meio do noticiário e ficou atrás da apresentadora com um cartaz que dizia: “Não à guerra, não acredite na propaganda. Aqui eles estão mentindo para você”.
Ela compareceu à Justiça nesta terça-feira (15), por ter se manifestado ilegalmente, de acordo com informações da “Justiça da Rússia”. No início de março, as autoridades russas aprovaram uma lei que pune a publicação de “informações caluniosas” sobre os militares russos, com pena prevista de até 15 anos de prisão.
Marina Ovsiannikova, mãe de dois filhos pequenos, poderá ser incluída nessa lei, segundo seu advogado. A pena de protesto ilegal poderia levá-la a dez dias de prisão. Marina não foi imediatamente acusada do crime de publicar informações falsas sobre os militares russos, delito que prevê uma pena máxima de 15 anos de prisão.
Certamente será condenada por Putin e seus asseclas, mas a sua indignação alcançou boa parte do povo russo e ganhou o mundo.
O presidente da França anunciou: “Vamos iniciar medidas para oferecer proteção a ela, na embaixada, ou de asilo”, disse Macron à imprensa, garantindo que vai propor isso a Vladimir Putin, em sua próxima conversa por telefone. Só rindo, para não chorar.
Há semanas, o presidente francês vem tentando fazer uma mediação entre Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky: em um primeiro momento, para evitar o conflito; e agora, para por fim à guerra. Foi preciso uma mulher de têmpera, incorruptível, íntegra, severa, implacável, incomplacente, com o regime ditatorial, invadir o cenário de um telejornal para dizer ao mundo que o povo russo diz: “ não à guerra”.
Marina Ovsyannikova diz que não está arrependida e insiste:“Não à Guerra de Putin. Estou envergonhada pelas mentiras”.
O “desbussolado” Putin, filhote de Stalin e/ou de Hitler, enquanto não faz exame de paternidade , busca se notabilizar, na história da humanidade, como o dirigente mais cruel e poderoso que os seus antecessores, ameaçando o mundo, sem lideranças fortes que o repilam.
MARIA JOSÉ ROCHA LIMA é mestre e doutora em educação e psicanálise. Foi deputada de 1991 a 1999 . É Diretora da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas em Psicanálise. Preside a Casa da Educação Anísio Teixeira e é membro do Soroptimist International SI Brasília Sudoeste.
Ela está corretíssima, esse criminoso putinha deve ser fuzilado em praça pública para servir de exemplo a outras nações, precisando é de muita PAZZZZZZZZZZZZZ. NADA MAIS……..
Sem que esteja defendendo qualquer ofensiva de um Estado sobre outro (guerra!), muito menos, qualquer regime ditatorial, não acredito nessas ‘notícias’, oriundas dessa imprensa tendenciosa (pra não dizer, contaminada) e decadente; menos ainda, vejo motivo para tanta divulgação dos males causados por ‘esta’ guerra, em particular, quando tantas outras – mesmo as mais sangrentas -, deflagradas pelos EUA, cujas motivações teriam sido infinitamente menos ‘compreensíveis’/aceitáveis, jamais ‘mereceram’ tanto alarde. Há, no mínimo, razões muito escusas pra tudo isso.