A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) passará por reestruturação administrativa. Na avaliação da corporação, a reforma dará mais autonomia aos batalhões, que serão comandados por tenentes-coronéis. Atualmente, as unidades são geridas, em sua maioria, por oficiais da patente de major.
Hierarquicamente, os tenentes-coronéis têm mais autoridade e poder de decisão para deflagrar ações e tomar medidas, desde o destacamento de viaturas para reforçar o policiamento até o aumento da segurança em escolas. Capacidade de gestão que hoje não está presente nos quartéis regionais, segundo justificativa da corporação.
A mudança vai permitir, de acordo com a PMDF, que medidas que resultem em melhorias na segurança do brasiliense sejam tomadas mais rapidamente. A proposta foi apresentada pela comandante-geral da corporação, coronel Sheyla Sampaio, ao governador Ibaneis Rocha (MDB), nesta segunda-feira (13/05/2019), durante a cerimônia de comemoração do aniversário de 210 anos da PM, no Palácio do Buriti.
“Aqui não tem autorização para matar ninguém. Mas tem para agir com rapidez e punir com severidade”, esclareceu Ibaneis Rocha. Segundo o governador, a mudança será avaliada, mas deverá sair do papel via decreto.
As alterações não representarão impacto financeiro na corporação nem no contracheque na força policial. Sem precisar datas ou valores, o governador afiançou que ele e sua equipe trabalham no projeto de recomposição salarial da PMDF. Ele disse que a proposta de aumento será enviada para o Palácio do Planalto no momento oportuno.
“A proposta será encaminhada ao governo Bolsonaro quando houver segurança tanto para o GDF, quanto para o governo federal. Queremos conceder, sim”, afirmou o emedebista. Ibaneis disse ainda que “a questão da Polícia Civil já foi enviada. Nós temos um parecer favorável do Ministério do Planejamento. E, agora, vamos trabalhando pouco a pouco para a gente conseguir cumprir tudo aquilo que foi compromisso nosso em relação às forças policiais”, acrescentou.
Os militares cobram do Executivo local aumento de 37% – o mesmo da Polícia Civil – a ser encaminhado ao governo federal.