Público pôde conferir palestras e workshops sobre luto e ansiedade ao ar livre

Com foco no cuidado emocional, o projeto Brasília em Equilíbrio reuniu mais de duas mil pessoas neste domingo (28), no Parque Olhos d’Água, na Asa Norte. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) em parceria com o Instituto Formando Campeões Para a Vida, ofereceu uma manhã de atividades em meio à natureza, com palestras e workshops abertos ao público.
“Falar de saúde mental é, sem dúvida, uma questão de saúde pública. Quando a população tem apoio para cuidar da mente, temos lares mais pacíficos e menos problemas de justiça”, afirmou a arquiteta Ana Paula Pinheiro, 53 anos, que participou do evento acompanhada de amigas.
Na sexta edição, o projeto foi criado para oferecer espaços de acolhimento e busca estimular o empoderamento, a autoestima e o senso de coletividade. Os workshops foram conduzidos por profissionais renomados da área de saúde, como a hematologista e paliativista Laura Ferraz, a neuropsiquiatra Henriqueta Camarotti e a psicóloga Camila Pasquarelli.
Uma das novidades desta edição foi a prática de meditação voltada a jovens e adultos neurodivergentes, com foco em TDAH e TEA, conduzida pelo professor e servidor da Sejus Jacques Sanfilippo. A atividade reuniu mais de 20 participantes, além de psiquiatras e professores especialistas, que também aproveitaram para aprofundar conhecimentos.
O projeto é coordenado pela comunicadora Mônica Nóbrega, que explicou a origem da iniciativa. “Percebemos que as pessoas estão cada vez mais ansiosas e depressivas. A ideia foi criar um evento em meio à natureza, com especialistas de alto nível. O apoio da Sejus foi fundamental para transformar esse propósito em realidade, beneficiando toda a população”, afirmou.
Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, iniciativas como o Brasília em Equilíbrio são fundamentais e deveriam fazer parte de uma política contínua de cuidado comunitário. “Investir em saúde mental reduz a violência, fortalece as famílias e evita custos sociais no futuro. Isso mostra que os recursos públicos podem — e devem — ser aplicados para garantir o bem-estar coletivo, unindo especialistas, comunidade e governo em uma agenda urgente”, ressaltou.
*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania