terça-feira, 11/02/25
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Profissionais do HRSM e HBDF se unem para discutir o Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico

Implementação deve ocorrer em abril no HRSM e visa prevenir as infecções dentro dos centros cirúrgicos

Foto: Divulgação / IgesDF

 

 

Um momento voltado para a aquisição de conhecimento técnico e científico marcou a aula de integração sobre o Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico (PRISC), promovido pelo Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NUCIH) do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) com o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). O encontro ocorreu nesta sexta-feira (7), no auditório do HRSM.

O programa é liderado pelos médicos infectologistas Dr. Julival Ribeiro e Dr. Tazio Vanni e a iniciativa é voltada para a assistência integral ao paciente desde a primeira consulta até o período pós-alta. O PRISC foi idealizado para reduzir complicações cirúrgicas, aprimorar o fluxo de atendimento e garantir mais segurança aos pacientes.

“Hoje é um grande dia, porque estamos integrando o Hospital de Base com o Hospital Regional de Santa Maria nesse novo projeto, o PRISC, que é o Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico. Essas infecções, além de comprometer a própria segurança do paciente, têm altos custos, pacientes reinternam. A gente trabalha para diminuir o máximo possível, dentro das evidências científicas, a taxa de infecção de sítio cirúrgico”, explica o coordenador do projeto e chefe do NUCIH do HBDF, Dr. Julival Ribeiro.

De acordo com ele, as infecções em sítios cirúrgicos representam um dos principais desafios em hospitais, sobretudo em países de média e baixa renda. “Nós temos que unir todos os serviços para procurar o mais importante, que é melhorar a qualidade e segurança do paciente. Essa é a nossa visão e eu tenho certeza que essa união, esse projeto, ele será um sucesso”, completa o especialista.

Protocolos básicos

Ao longo de sua aula, Dr. Julival destacou que medidas simples são de extrema importância para a prevenção de infecções de sítio cirúrgico, como: a higienização correta das mãos, a assepsia correta do campo cirúrgico, o uso de antibiótico profilático no momento correto, assepsia do paciente, entre outras coisas.

“São medidas que qualquer hospital pode fazer em benefício da segurança do paciente. Eu apresentei dados de países pobres no mundo que, com poucas medidas, reduziram 45% da infecção de sítio cirúrgico e está publicado nos maiores jornais do mundo. Porém, segundo a literatura, nos países mais desenvolvidos e que têm mais recursos, nós podemos prevenir até 60% das infecções de sítio cirúrgico e esse é o nosso grande objetivo”, ressalta o Dr. Julival.

A superintendente do HRSM, Eliane Abreu, observou que é necessário ter um manejo mais adequado para zerar o que é prevenível. “Parece redundância, mas a gente precisa trabalhar com essa condição da sensibilização”.

Segundo a gestora, deve-se cessar a discussão sobre as auditorias realizadas nos núcleos e sobre os serviços de controle de infecção. Precisa-se trabalhar mais fóruns desse nível, mais fóruns para debater o que aconteceu.

“Ainda que a gente olhe pelo retrovisor, o HRSM tem alguma prática de falar sobre infecção de sítio cirúrgico, e isso é ótimo, porque conseguimos evitar que novos casos aconteçam. Precisamos, cada vez mais, sensibilizar os nossos profissionais. Somos todos responsáveis, em todos os níveis. Seja da operação, seja do tático, do gerencial e da gestão macro”.

Inserção do programa

De acordo com o infectologista Dr. Tazio Vanni, as infecções de sítio cirúrgico envolvem diversas questões, não só dos profissionais, mas também, o nível de complexidade dos aparelhos que são usados, de processamento desses aparelhos, onde os materiais são mais complexos. “É preciso unificar as coisas, ter um objetivo claro, discutir o que é resultado do nosso ponto de vista, fazer discussões semanais sobre a implementação do PRISC. Estamos realizando este processo em conjunto com o HRSM”, destaca.

Em abril, o HRSM passará pelo Programa de Redução de Infecção de Sítio Cirúrgico, que será implementado de uma única vez no Centro Cirúrgico e Centro Cirúrgico Obstétrico. “Vai acontecer nos dois locais ao mesmo tempo. E aí o facilitador vai ser a adesão, a questão da facilidade dos cursos, a facilidade de mostrar os dados, dos bandas, da vigilância mais perto dos cirurgiões”, explica a chefe do NUCIH, Aldyennes Carvalho .

Daniel Pompetti, infectologista do HRSM, destacou que atualmente, os índices de infecções em sítio cirúrgico são de 2,18%. “Além disso, a CCIH estará mais próxima também desse monitoramento, com a nossa presença dentro das áreas, ver que a gente está ali, e essa parceria entre os cirurgiões, a equipe assistencial e a CCIH”.

 

Com IgesDF

 

 

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