Aforça-tarefa Amazônia do Ministério Público Federal enviou, na tarde desta quinta-feira, 22, uma requisição ao presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis solicitando justificativas para a decisão de recolher brigadistas que atuavam no combate a incêndios na Amazônia e no Pantanal por falta de recursos. O órgão já determinou o retorno das atividades dos 1.400 agentes de combate a incêndio, após promessa de solução financeira.
O instituto tem até 48h, a partir do recebimento do documento, para responder aos questionamentos feitos pelo MPF. As informações foram divulgadas pela Procuradoria.
No documento, a força-tarefa Amazônia questiona ainda: caso a motivação para a retirada dos brigadistas seja orçamentária, quais medidas para conter o avanço das queimadas serão adotadas; em qual prazo, a fim de que sejam retomadas as ações de combate ao fogo, em especial na Amazônia; e qual a previsão para restabelecimento integral de tais ações.
A solicitação de informações se dá no âmbito de inquérito civil instaurado para apurar a adequação das políticas públicas estaduais e federais de combate ao desmatamento e queimadas associadas no Estado do Amazonas.
Paralisação, promessa e retorno
A ordem de paralisação das ações de combate a incêndio a partir da meia-noite da quarta-feira, 21, foi dada pela chefia do Ibama e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por causa de atrasos em pagamentos a fornecedores e prestadores de serviços. O Ibama encara uma queda de braços com o Ministério da Economia e alega que a pasta tem segurado a execução financeira de seu orçamento.
Como mostrou o repórter André Borges, após a divulgação da paralisação das ações de combate à queimadas e uma reunião a portas fechadas com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o ministro Paulo Guedes se comprometeu a dar uma solução para o problema nesta sexta-feira, 23. Uma portaria do Ministério da Economia tem previsão de ser publicada ainda nesta sexta, com liberação de R$ 60 milhões. Com a promessa, o Ibama determinou o retorno das atividades dos 1.400 agentes de combate a incêndio.
COM A PALAVRA, O IBAMA
Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com o órgão, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.