O mercado reagiu a nova linha de financiamento imobiliário com saldo corrigido pela inflação. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ressaltou a procura pelo indexador via IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
“Nós já tivemos, em 45 dias, a demanda que nós esperávamos para um ano no crédito por IPCA. R$ 10 bilhões de demandas aprovadas, já em crédito, R$ 2 bilhões já concedidos, e aí a gente começou a redução pela TR [Taxa Referencial]. Abaixamos um ponto percentual, de 8,5% para 7,5% mais TR, e vamos continuar reduzindo se o Banco Central também reduzir a sua taxa de juros básica, Selic”, disse.
Com a menor taxa básica de juros da história, em 5,5% ao ano, há maior competição entre os bancos e, consequentemente, redução dos financiamentos. Guimarães prometeu seguir o comportamento da Selic para fixar as taxas de crédito. “Cada redução da Selic nós, matematicamente, realizaremos, também, uma redução proporcional, matemática, no crédito imobiliário dessa linha de TR, porque a de IPCA nós fizemos e queremos entender um pouco mais a reação. Então, pelos próximos seis meses, não mexeremos na do IPCA, que já é muito mais barata do que qualquer outra, e faremos uma redução naquela que é 70% da demanda, que é em TR.”
Ele avalia, ainda, que há espaço para mais reduções na taxa básica de juros.”Essa é uma determinação do Roberto Campos, [presidente] do Banco Central, 100? dele exatamente, mas eu entendo que, dado a redução da inflação continuada, sustentável, e dado também ao grande espaço que nós temos de pessoas procurando trabalho, acredito que sim, porque nós temos um espaço, mas, de novo, essa é uma política monetária exclusiva do BC. Mas nós estamos preparados.
Na linha corrigida pelo IPCA, a taxa mínima é a inflação mais 2,95% ao ano. e a máxima, o IPCA mais 4,95% ao ano. A caixa tem 68% do mercado imobiliário, mas os bancos privados anunciaram reduções nos seus financiamentos também em busca de espaço no bom ano do setor em 2019.