sábado, 31/05/25

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Privatização da CEB: leilão da companhia é marcado para 27 de novembro

Sede da Companhia Energética de Brasília (CEB).  — Foto: Reprodução/TV Globo
Sede da Companhia Energética de Brasília (CEB). — Foto: Reprodução

 

O governo do Distrito Federal (GDF) marcou para 27 de novembro o leilão para venda de parte da Companhia Energética de Brasília (CEB). O aviso foi publicado nesta sexta-feira (6), no Diário Oficial do DF, e prevê a venda da CEB Distribuição, braço da companhia responsável pelo fornecimento de energia elétrica.

Conforme a publicação, o lance mínimo será de R$ 1,424 bilhão. A apresentação das propostas será em 24 de novembro, das 9h às 12h, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) (veja publicação abaixo).

 Governo do DF publica aviso de leilão da CEB — Foto: Diário Oficial do DF/Reprodução
Governo do DF publica aviso de leilão da CEB — Foto: Diário Oficial do DF/Reprodução

Críticas

Nesta sexta, o diretor do Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal (Stiu-DF), João Carlos Dias, voltou a criticar a medida.

“Já estamos tomando as providências judiciais cabíveis para impugnar esse leilão e a efetivação desse processo de privatização, que trará grandes prejuízos para a população, com elevação da conta de luz e piora do serviço público”, disse o diretor.

Em outubro, o juiz Giordano Resende Costa negou um pedido de liminar para suspender a privatização da CEB. A ação alegava que a medida precisava de aval da Câmara Legislativa do DF (CLDF). Ao analisar o caso, o magistrado entendeu que há decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no sentido de que os parlamentares não precisam autorizar a venda de estatais.

Ainda de acordo com o juiz, a alegação de que a medida causa danos aos cofres públicos não foi provada. “Os atos da administração são dotados de boa-fé. Assim, para se desconstituir ou evitar a prática de um ato, deverá a parte demonstrar a efetiva lesão”, disse na decisão.

Privatização

A Companhia Energética de Brasília conta com 80% de participação do Executivo. Segundo o presidente da companhia, Edison Garcia, “a privatização é necessária para que ocorra a melhora da qualidade do serviço de distribuição”.

A venda da empresa também tem o objetivo de saldar dívidas que somam R$ 870 milhões. Edison Garcia afirma que um dos principais prejuízos da companhia são as ligações clandestinas de energia. Segundo o presidente, elas geram prejuízo de, pelo menos, R$ 90 milhões.

“Temos mais de 62 mil gatos calculados pela CEB. O ideal é ter investimento para melhorar a rede e dar energia de qualidade para a população”, diz o presidente.

De acordo com a empresa, o valor mínimo para a venda veio da média obtida dos resultados líquidos de duas avaliações econômico-financeiras elaboradas por consultorias contratadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Garcia ressalta que a alienação da companhia será revertida para que o GDF faça investimentos em outras áreas, como saúde e educação. “O que não pode é permanecer uma empresa deficitária, dando prejuízo de R$ 200 milhões por ano e perdendo qualidade de serviço.”

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