Presidente do Chade morre após ser ferido em campo de batalha

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(FILES) In this file photo taken on November 12, 2019 Chadian President Idriss Deby attends the plenary session of the Paris Peace Forum. Chad's President Idriss Deby Itno died on April 20, 2021 from wounds sustained in battle after three decades in power, the army announced. (Photo by ludovic MARIN / POOL / AFP)

Idriss Déby, que estava no poder há 30 anos, morreu no fim de semana, enquanto comandava o exército na luta contra rebeldes

Presidente do Chade morre após ser ferido na frente de batalha
Getty Images

O presidente Idriss Déby, de 68 anos, morreu em consequência de ferimentos sofridos enquanto comandava o exército num combate no norte contra rebeldes da Frente para a Mudança e Concórdia no Chade (FACT), durante o fim de semana, anunciou o porta-voz dos militares na televisão estatal.

“É com profunda amargura que anunciamos ao povo chadiano a morte esta terça-feira, 20 de abril de 2021, do marechal do Chade”, enquanto “defendia a integridade territorial no campo de batalha”, anunciou o porta-voz do Exército, general Azem Bermandoa Agouna, numa declaração lida na TV Tchad.

Entretanto, um conselho militar tomou o poder no Chade. O filho do chefe Estado Mahamat Idriss Déby Itno, chefe da guarda presidencial, foi nomeado como sucessor.

A morte de Idriss Déby, um dos líderes africanos há mais tempo no poder, ocorre um dia depois de ter sido anunciado como vencedor das presidenciais de 11 de abril e reeleito para um sexto mandato, com 79,32% dos votos, segundo resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral Independente.

Combates no norte

Na segunda-feira (19/4), o Exército chadiano anunciou a morte de mais de 300 rebeldes. O grupo FACT lançou uma ofensiva a partir das bases na Líbia, em 11 de abril, dia das eleições presidenciais no Chade.

Cinco soldados também foram mortos e outros 36 foram feridos em combates contra os rebeldes no último sábado (17/4), além de terem capturado três líderes da FACT, disse o general Agouna, porta-voz dos militares.

Já os rebeldes da FACT, um movimento militar e político rebelde, fundado em 2016, que procura desestabilizar o governo, informou, numa declaração divulgada no domingo (18/4), que tinha “libertado a região de Kanem”, onde os combates tiveram lugar.

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