Depois das críticas, o presidente da Câmara dos Deputados desistiu de liberar passagens aéreas com dinheiro público para os maridos e mulheres dos parlamentares. Pegou muito mal, principalmente em um momento de corte de gastos.
Será que alguém pensou que fosse passar despercebido? Pegou muito mal, tão mal que o Ministério Público recomendou o cancelamento do ato. Justificou como uso indevido de recursos destinados à atividade parlamentar.
“Eu reconheço que a repercussão foi negativa, eu acho que não houve um entendimento correto sobre um procedimento que existia no passado. De qualquer forma, nós estamos sempre subordinados à vontade da opinião pública e se nós efetivamente fizemos algo que a repercussão não está positiva, cabe a nós fazermos a mea culpa e corrigirmos. O que eu posso afirmar é que haverá um recuo. Agora, qual o tipo de recuo que nós vamos fazer, deixa que a mesa decida em conjunto, para não ser uma ação voluntarista minha”, afirmou Eduardo Cunha.
A reunião da Mesa Diretora da Câmara para discutir as mudanças no projeto está marcada para 11h. Alguns deputados pressionam para que seja aprovada uma proposta alternativa que permita o uso de parte dessa cota para gastos particulares.