Sistema aponta que Bolsonaro recebeu dose da vacina Janssen de um lote que não foi mandado para SP; BO foi feito pela Prefeitura em janeiro
Breno Esaki/Metrópoles
São Paulo – A Prefeitura da capital paulista registrou um boletim de ocorrência após identificar suspeitas de irregularidades no registro de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma unidade de saúde do Parque Peruche, zona norte da cidade.
O registro foi feito em janeiro deste ano, no 13º Distrito Policial (Casa Verde), quando técnicos da Saúde identificaram o registro da aplicação no sistema. A suposta vacinação, porém, teria ocorrido em junho de 2021.
As informações foram reveladas pelo portal G1 e confirmadas pelo Metrópoles. Segundo as informações do boletim, a vacina que teria sido aplicada no ex-presidente, da fabricante Janssen, é de um lote que não foi enviado ao município de São Paulo.
Além disso, a enfermeira que consta no sistema como a aplicadora do imunizante no ex-presidente nunca trabalhou na Unidade Básica de Saúde Parque Peruche. Segundo o registro da Prefeitura, Bolsonaro nunca esteve naquela unidade de saúde.
A Secretaria Estadual da Segurança Pública informou que a Polícia Civil encaminhou as informações repassadas pela Prefeitura à Polícia Federal em 27 de março, uma vez que já havia uma investigação federal em curso tratando do assunto.
A Polícia Federal tem uma investigação em andamento que apura possíveis fraudes nos registros do Sistema Único de Saúde (SUS) para inserir informações falsas sobre vacinação contra a Covid-19 de pessoas ligadas ao presidente, a ele próprio e sua filha, Laura.
Com informações do Metrópoles