terça-feira, 25/03/25
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Prefeito de Istambul, opositor de Erdogan, é preso acusado de liderar organizações criminosas

Polícia da Turquia deteve Ekrem Imamoglu, nesta quarta (19). Prefeito negou acusações. Ele foi impedido de concorrer às próximas eleições presidenciais.

O prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu. Foto: Reprodução

 

A polícia turca prendeu nesta quarta-feira (19) o prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, que é também o principal rival político do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

Imamoglu foi detido por conta de acusações de suborno, manipulação de licitações, liderar organizações criminosas e prestar apoio a grupos terroristas.

Ele negou e afirmou sofrer perseguição política — ele foi impedido de concorrer à presidência nas próximas eleições.

De acordo com a agência de notícias Reuters, a Turquia restringiu o acesso a várias plataformas de mídia social, incluindo X, YouTube, Instagram e TikTok após a detenção. As autoridades ainda fecharam várias ruas ao redor de Istambul e proibiram manifestações na cidade por quatro dias, em um aparente esforço para evitar protestos após a prisão.

Imamoglu já havia sido detido em 2022 e é cotado como um forte candidato as eleições presidenciais de 2028. O membro do partido CHP é opositor do presidente Recep Tayyip Erdogan. Ainda segundo a Reuters, a sigla estava prestes a nomeá-lo como seu candidato nos próximos dias.

 

Em um vídeo compartilhado em sua conta no X, o prefeito de Istambul falou sobre a prisão:

“Estão usando minha amada polícia, as forças de segurança deste país, como ferramentas para esse mal. A casa foi revirada na frente de dezesseis milhões de istambulitas. Centenas de policiais estão exaustos, estamos enfrentando uma grande tirania, mas quero que saibam que não vou recuar”, disse, na publicação.

“Amo muito todos vocês. Confio-me à minha nação. Que todo o país saiba que permanecerei firme, continuarei lutando contra essa pessoa e a mentalidade que usou todo esse processo como ferramenta”.

Segundo declaração do promotor de Istambul, um total de 100 pessoas — entre elas jornalistas e empresários — são suspeitas de estarem envolvidas em atividades criminosas relacionadas a certas licitações concedidas pelo município.

A agência estatal turcou Anadolu relatou que os promotores emitiram ordens de prisão para todas elas.

Em uma investigação paralela, Imamoglu e outras seis pessoas são acusados de auxiliarem o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado uma organização terrorista pela Turquia e seus aliados ocidentais.

A prisão se deu após uma busca na casa de Imammoglu, um dia após autoridades invalidarem seu diploma — o que o impede de participar da corrida eleitoral.

Fonte: g1*

 

 

 

 

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