Contribuição marca entrada da Europa no TFFF, mas contribuição ainda é tímida se comparada à meta para a COP30
Belém – O primeiro-ministro de Portugal, Luis Montenegro (foto em destaque), anunciou o aporte de 1 milhão de euros ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). A decisão foi fechada nesta quinta-feira (6/11), durante a Cúpula do Clima, no Pará, para sinalizar apoio à maior demanda do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) durante o evento.
O aporte de 1 milhão de euros significa 1,25 milhão de dólares. Trata-se de uma contribuição modesta, uma vez que a meta estabelecida pelo Brasil é encerrar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em 21/11, com 10 bilhões de dólares captados.
“Portugal é um país que está absolutamente comprometido com o objetivo da COP. (…) Por um lado, está muito direcionado para a questão das alterações climáticas, a diminuição dos gases com efeito de estufa, mas não quer deixar ninguém para trás; portanto, apoia todos aqueles que estão em desenvolvimento”, destacou Montenegro a jornalistas.
A situação de Portugal é vista como delicada diante da demanda. Por um lado, o país recentemente contornou uma crise das contas públicas adotando medidas, como corte de gastos, e não demonstra disposição em empenhar uma verba significativa no fundo. Do outro, como país desenvolvido, é cobrado a colaborar mais com o TFFF.
Até então, mais de 20 países sinalizaram aporte ao fundo, que servirá para financiar a manutenção da natureza em países em desenvolvimento. Mas até somente o Brasil e a Indonésia, que seriam justamente os maiores beneficiados pela ação, fizeram aportes significativos, de 1 bilhão de dólares cada.
Ainda nesta quinta, o presidente Lula oferecerá um almoço aos representantes de países que sinalizaram envio de verba, mas o Itamaraty segurou a lista.
