Um policial civil foi baleado no Assentamento 26 de Setembro, na região de Taguatinga, minutos após agentes da Secretaria DF Legal finalizarem uma operação de derrubada no local. O crime aconteceu na tarde desta quarta-feira (26/8). Dois policiais militares também acabaram feridos, um a pedradas e outro com objeto perfurocortante.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), um homem efetuou cinco disparos de arma de fogo em direção à cavalaria do Batalhão de Choque, que acompanhava a operação. Dois agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) estavam no local e um deles foi atingido por um tiro no fêmur esquerdo.
O policial baleado, Mário José Correia Pereira, 42 anos, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CMBDF) e levado para o Hospital Regional da Ceilândia (HRC), com hemorragia intensa. Após ter o estado de saúde estabilizado, foi transferido para o Hospital Home Care, em Brasília.
O atirador conseguiu escapar, mas já foi identificado pela polícia. Outro homem acabou preso ainda durante o protesto. Dois PMs também ficaram feridos.
Confusão
A PMDF afirma que foi necessário fazer o “uso do equipamento não letal” pois, segundo a corporação, os manifestantes fizeram barreiras com fogo para impedir a ação dos fiscais. Até a última atualização desta reportagem não havia informação sobre moradores do assentamento feridos durante a operação.
Os ocupantes da área irregular teriam atirado garrafas, pedras, pedaços de pau e bolinhas de gude na direção dos policiais. Uma pessoa foi detida no protesto.
Nas proximidades de onde houve a derrubada, na via Estrutural, um coletivo foi incendiado. As causas do incêndio ainda não foram esclarecidas. A PM suspeita que algum manifestante, revoltado com a operação deflagrada pelo DF Legal, tenha ateado fogo ao veículo. Porém, ninguém foi preso, apontado como autor do crime.
Havia 50 passageiros dentro do ônibus, que seguia da Asa Norte para Ceilândia, na hora em que o fogo começou, mas todos conseguiram deixar o local antes que as chamas se alastrassem. Os bombeiros atuaram na ocorrência e nenhum passageiro ficou ferido.
O motorista do coletivo foi levado a uma delegacia para ser ouvido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e dar informações sobre o ocorrido.
A empresa São José, dona do coletivo, classificou a ação como criminosa. “Os ônibus são equipamentos públicos que precisam ser protegidos. O prejuízo maior é da comunidade que necessita do transporte coletivo para se deslocar para o trabalho, hospital. A Expresso São José repudia esse tipo de atitude e espera que as autoridades competentes elucidem o caso e os responsáveis sejam punidos de acordo com a lei”, destacou, em nota.