Grupo clonava cartões para comercializar produtos estéticos com preços abaixo do valor de mercado, segundo investigação. Esquema também adquiria carros de luxo para lavagem de dinheiro.
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta quinta-feira (21), três suspeitos de fraudar documentos de médicos para comprar botox (toxina botulínica). De acordo com a investigação, os produtos eram revendidos com preço abaixo do valor de mercado para clínicas médicas, que não sabiam do esquema.
Ainda segundo a polícia, o trio praticava “vários tipos de fraudes“, como falsificação de documentos, abertura de contas em instituições bancárias com documentos falsos e uso de dados de médicos, dentistas e biomédicos para a compra de produtos estéticos.
Com o dinheiro do crime, os suspeitos compravam veículos de luxo (veja foto abaixo) e usavam empresas registradas em nome de laranjas para ocultar o lucro proveniente do crime, segundo a Polícia Civil.
Os alvos das fraudes seriam profissionais da saúde, justamente porque a compra de botox e de ácido hialurônico, usados em tratamentos estéticos, precisa ser feita por trabalhadores do ramo.
Além disso, a suspeita é de que os suspeitos usavam documentação de médicos de São Paulo (SP) e de Belo Horizonte (MG) para abrir contas bancária, solicitar empréstimos, cartões de créditos e financiamentos.
Mandados
As prisões ocorreram em Santa Maria e Samambaia. Além disso, a Polícia Civil cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas duas regiões, além de Águas Claras (DF) e Goiânia (GO).
Durante operação, os policiais apreenderam documentos, aparelhos eletrônicos, um carro da marca BMW, avaliado em R$ 160 mil, e “grande quantidade de produtos estéticos”. Os policiais disseram ainda que a suspeita é de que o grupo agia há pelo menos dois anos em Brasília e em Goiás.
‘Full Face’
Segundo a investigação, os envolvidos têm antecedentes criminais pelos crimes de estelionato, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa. A operação, batizada de “Full Face“, é conduzida pela Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf).
As investigações começaram há cerca de dois meses, após denúncia de uma instituição bancária, onde o documento de um morador de São Paulo foi usado. Os policiais informaram ainda que os suspeitos podem responder pelos crimes de falsificação de documento e ideológica, estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. (g1 DF)