Seis homens e duas mulheres foram presos em flagrante nesta quarta-feira (12) por atrapalhar uma operação de combate a invasão de terras públicas. A ação estava sendo realizada num assentamento chamado de 26 de Setembro, em Vicente Pires.
O delegado Ivan Dantas, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Dema), disse que ao perceberam a chegada dos agentes do Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo na invasão em Vicente Pires, os suspeitos passaram a “incitar atos de intimidação e violência” contra os servidores.
Os invasores presos montaram barricadas e estacionaram veículos de forma a impedir o deslocamento dos carros de fiscalização. A Polícia Civil afirma que em virtude da ação dos suspeitos, a fiscalização não pôde ser realizada no local.
Dos oito presos, dois tem passagem pela polícia. Um deles já foi preso por lesão corporal dolosa. Contra o segundo suspeito, havia um mandado de prisão que perdeu a validade. O delegado Dantas não soube dizer o motivo pelo qual o mandado havia sido expedido e nem porque ele não foi cumprido.
Segundo o delegado, a maioria dos suspeitos mora no assentamento, que está em terra pública. Mesmo assim, eles foram indiciados apenas por resistência qualificada, cuja pena de prisão varia entre um e três anos de prisão. A fiança estipulada foi de R$ 2 mil para cada um dos presos. Os nomes e as idades dos suspeitos não foram divulgados.
Dantas afirma que caso a polícia encontre novos indícios, os suspeitos poderão ser indiciados por invasão de área pública e parcelamento irregular do solo. O policial afirma que a área invadida em Vicente Pires está localizada próximo à Floresta Nacional e que não há nenhuma possibilidade de o terreno ser vendido.
(Foto: Vicente Pires)