Investigadores do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) acreditam que os presos são os responsáveis pelo núcleo financeiro da facção
Quatro pessoas investigadas por integrar a facção Comboio do Cão foram presas preventivamente na manhã desta quinta-feira (6/5), no Distrito Federal. Os policiais também cumpriram seis mandados de busca e apreensão no Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Samambaia.
Com as prisões, investigadores do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) acreditam ter desarticulado o núcleo financeiro da facção. Segundo a polícia, as pessoas detidas hoje eram responsáveis pelo fluxo do dinheiro da organização criminosa, obtido, principalmente, com o tráfico de drogas.
Além do comércio de entorpecentes, o grupo é investigado por traficar armas, por roubos e assassinatos, principalmente no Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, Ceilândia e Taguatinga.
Ao todo, 50 integrantes da Polícia Civil – membros da Decor e da Divisão de Operações Especiais, participaram da segunda fase da Operação Judas. Agora, os investigadores vão analisar os objetos e documentos apreendidos.
Líder capturado
As prisões ocorrem seis dias após a Decor capturar Wilian Peres Rodrigues, conhecido como “Wilinha”, apontado como o líder da organização criminosa, localizado em Paranhos (MS), divisa com o Paraguai.
Ele estava foragido desde de 2019, quando a Polícia Civil prendeu integrantes da facção durante a operação Rosário, em 13 de agosto de 2019. Naquele ano, o grupo era suspeito de ter assassinado mais de 30. De uma só vez, os policiais capturaram 46 pessoas apontadas como integrantes da facção.
As investigações também revelaram a atuação deles dentro do sistema carcerário do DF, com o envolvimento em ao menos 420 ocorrências registradas entre 2013 e 2019. Na época, as prisões foram realizadas por meio da Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (CHPP) com apoio das promotorias de Justiça do Riacho Fundo e do Recanto das Emas e do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri).
Divulgação/PCDF