A Polícia Civil do Distrito Federal investiga um grupo suspeito de aplicar golpes em servidores federais. A operação 3×4, deflagrada nesta quarta-feira (28), teve início após a denúncia de um professor da Universidade de Brasília (UnB), que teve os dados usados para abertura de contas bancárias e contratação de empréstimos.
De acordo com o delegado à frente do caso, Dario Freitas, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), os criminosos estariam utilizando o Sistema de Gestão de Pessoas (Sigepe) do governo federal para realizar as fraudes.
Os agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão: dois na Candangolândia (DF), um em Santo Antônio do Descoberto (GO) e dois em Luziânia (GO). Ninguém foi preso.
Dados furtados
Segundo a investigação, os suspeitos agem de forma semelhante como fizeram com o professor da UnB: conseguem os dados dos funcionários e aplicam os golpes.
Durante as buscas, nesta quarta-feira, os policiais apreenderam diversos documentos e celulares, “que poderão indicar a suspeita dos investigadores, bem como comprovar o envolvimento dos suspeitos nas fraudes”.
“As investigações continuam a fim de serem localizadas outras vítimas, assim como identificar outros eventuais integrantes do grupo criminoso” explicou o delegado.
Golpes em servidores do DF
Nessa terça-feira (27), a Polícia Civil deflagrou outra operação de combate a fraudes contra servidores, mas dessa vez, as vítimas eram funcionários do Governo do Distrito Federal (GDF).
Um grupo criminoso usava documentos falsos para pegar empréstimos em nome de funcionários públicos. O prejuízo estimado é de R$ 2 milhões.
Segundo a investigação, os suspeitos conseguiam dados de servidores por meio de pesquisas na internet, fabricavam os documentos e abriam contas bancárias em nome das vítimas. Pelo menos 31 vítimas do golpe registraram ocorrências na delegacia.
Com as informações e um número de telefone celular cadastrado na agências, os criminosos contratavam empréstimos, financiavam veículos e transferiam valores para contas de terceiros. A polícia identificou que o dinheiro furtado era dividido entre os integrantes do grupo.