Caso ocorreu no último dia 26 de outubro, em Taguatinga. Investigadores acreditam que quatro pessoas que conheciam Daniel Carvalho, de 31 anos, estejam envolvidas no crime.
A Polícia Civil apura o desaparecimento de um empreiteiro, de 31 anos, que sumiu no último dia 26 de outubro, depois de sair de uma igreja em Taguatinga, no Distrito Federal. Os investigadores suspeitam que Daniel Carvalho tenha sido sequestrado por um grupo criminoso.
“Ele tinha recebido valores da ordem de R$ 120 mil em sua conta. Isso pode ter chamado a atenção de pessoas próximas, inclusive as que podem ter planejado esse crime”, afirma o delegado André Leite. O dinheiro seria referente à venda de uma casa e também desapareceu, segundo a Polícia Civil.
A corporação suspeita que pelo menos quatro pessoas que conheciam o empresário estejam envolvidas no caso. A polícia pede para quem tiver informações sobre a localização de Daniel entrar em contato pelo telefone 197.
À TV Globo, a família contou que ele ia encontrar a companheira depois de sair da igreja. No entanto, Daniel desmarcou o encontro, dizendo que teria se envolvido em um acidente de trânsito. Em seguida, os parentes passaram a desconfiar da situação e consideraram estranhas as mensagens enviadas pelo empresário.
Desconfiada, a companheira de Daniel pediu a ele que enviasse um áudio, para ficar mais calma. “Está tudo tranquilo. Eu estou resolvendo aqui da melhor forma e quando… Vai dar tudo certo. Eu te aviso. Eu te amo”, disse o homem por mensagem.
Segundo a mulher, que não quer se identificar, em seguida, ele passou a mandar apenas mensagens por texto, o que o empresário não costumava fazer. “Eu pude perceber que não estava mais tudo bem. Ele sempre conversa com a gente por áudio, por chamada”, diz.
Ainda segundo a esposa do empresário, quem respondia as mensagens pelo celular de Daniel não sabia responder perguntas simples, além de escrever o nome da esposa errado. “Por exemplo, qual o nome da minha mãe. Onde eu trabalho? Ele sempre se esquivava. Falava: ‘Eu estou passando por um problema muito sério e você perguntando o nome da sua mãe?'”.
O delegado André Leite aponta que a pessoa que teria obrigado Daniel a mandar áudios para a família também teria se passado por ele para pedir dinheiro para pessoas próximas. “Mas elas exigiam chamadas de vídeo e essa pessoa se negava a fazer. Isso reforça a teoria de que era uma terceira pessoa, em domínio dele e em poder do telefone celular.”
Venda de móveis
Após o desaparecimento de Daniel, a companheira dele descobriu que os móveis da casa em que ele morava, em Samambaia, não estavam mais no local.
“O dono da residência, que era alugada, me liga e fala: ‘O que aconteceu? Vocês mudaram e não me falaram nada?’ Eu, já sabendo o que estava acontecendo, eu vi que aquilo não se tratava das atitudes do Daniel”, afirmou a mulher. (g1/DF)