Segundo investigações, ele teria emitido documento com informações falsas em favor de um bar para evitar autuação da Agefis. No fim da tarde, Manoel Valdeci pediu exoneração, diz Buriti.
A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou o administrador regional de Águas Claras, Manoel Valdeci Machado Elias, pelo crime de falsidade ideológica. Segundo as investigações, o gestor teria emitido um documento com informações falsas, autorizando a dona de um bar da região a “vetar” ações de fiscalização da Agefis.
Em nota, a polícia apontou que o gestor, em setembro de 2017, determinou a criação de um documento público em favor de um comércio, “inserindo nele falsa declaração para que referido estabelecimento se eximisse de ser autuado em possível fiscalização realizada pela Agefis, mediante a exibição do aludido documento”.
Manoel Valdeci Machado Elias assumiu a gestão da administração em novembro de 2015, após a saída da arquiteta Patrícia Veiga Fleury. Ele já tinha sido nomeado administrador de Águas Claras em 2006, durante o governo de Maria de Lourdes Abadia (PSDB).
O caso começou a ser apurado após um bate-boca no estabelecimentoem 16 de setembro do ano passado. O comércio havia colocado mesas e cadeiras na calçada, o que motivou uma operação da Agefis no local. Os servidores teriam pedido que a calçada fosse liberada, o que não ocorreu.
Na época, a responsável pelo estabelecimento informou que há dois meses tentava pagar uma taxa para usar a área pública, mas o sistema da Secretaria de Fazenda não estaria funcionando para emitir o boleto.
De acordo com a comerciante, a administração regional disse que apenas a notificaria e que ela teria 30 dias para regularizar a situação. Por isso, resolveu colocar as mesas na área fora do bar.
A mulher foi multada em R$ 1.785 pela Agefis e afirmou que teve uma funcionária agredida. A Polícia Civil afirmou que a mesma servidora teria danificado uma van da agência.
Quando o caso veio à tona, a Administração Regional de Águas Claras não retornou o contato feito pela reportagem.