Segundo polícia, grupo praticou crimes contra três empresas da capital. Investigadores cumpriram 10 mandados de busca e apreensão nesta quarta (7); ninguém foi preso.
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quarta-feira (7), operação contra um grupo suspeito de invadir contas bancárias e desviar R$ 740 mil. Ao todo, os investigadores indiciaram 20 pessoas pela prática criminosa, e cumpriram 10 mandados de busca e apreensão na capital, em Goiás e Maceió.
De acordo com a investigação, os suspeitos invadiram contas bancárias de três empresas de Brasília: uma seguradora, uma distribuidora e uma rede de supermercados. Os policiais informaram que o grupo conseguia dados das companhias e acessava as contas por meio de aplicativos instalados em dispositivos eletrônicos.
Após terem acesso às contas, os criminosos faziam transferências para outros beneficiários, no mesmo banco. A intenção, segundo a investigação, era dividir o dinheiro furtado em várias contas, emprestadas por terceiros, que recebiam uma porcentagem do dinheiro.
Segundo a polícia, essas pessoas eram acompanhadas pelos mentores do crime até um caixa eletrônico, onde eles sacavam o valor furtado. A operação está a cargo da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf).
Os mandados foram cumpridos em:
- Taguatinga
- Samambaia
- Novo Gama (GO)
- Maceió (AL)
Divisão de tarefas
Os policiais ainda identificaram que o grupo era estruturado e dividido em funções. Veja:
- Gerenciadores: responsáveis pelo planejamento e detentores das informações das contas a serem fraudadas;
- Fraudadores ou invasores: invadiam as contas bancárias ou instalavam equipamentos em caixas eletrônicos;
- Operadores: recrutavam interessados em permitir o uso das contas para receber os valores subtraídos e realizavam saques do dinheiro.
Após os suspeitos emprestarem as contas bancárias para o esquema criminoso, eles passavam a ser ameaçados com armas de fogo, caso não cumprissem o combinado com a organização criminosa. O grupo, segundo a polícia, usava o dinheiro para compra de carros de luxo e imóveis.
Os 20 participantes do esquema foram indiciados por organização criminosa, que prevê pena de prisão de 3 a 8 anos. Seis deles também vão responder por receptação (pena de 1 a 4 anos), cinco por furto mediante fraude (pena de 2 a 8 anos) e três por lavagem de dinheiro (de 3 a 10 anos). (G1)