Integrantes do Planalto avaliam que Hugo Motta e Davi Alcolumbre fizeram acordo para votar PL da Dosimetria como um recado a Lula

Integrantes do Palácio do Planalto e da base governista no Congresso Nacional viram uma dobradinha de Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) na decisão de votar o PL da Dosimetria antes do recesso.
Para aliados e auxiliares de Lula, os presidentes da Câmara e do Senado fizeram anúncios casados sobre a votação da proposta com o objetivo de mandar um recado ao presidente da República, com quem ambos têm tido divergências.
Motta anunciou que votaria o projeto — que reduz as penas de Jair Bolsonaro e de outros condenados pelo 8 de Janeiro — após a reunião de líderes da terça-feira (9/12). A proposta foi aprovada na Câmara, no mesmo dia, por 291 votos a 148.
Pouco tempo depois de Motta anunciar que pautaria a proposta, Alcolumbre disse a jornalistas que colocaria o projeto para votar no Senado ainda em 2025, caso os deputados aprovassem o texto.
Para parlamentares governistas e auxiliares de Lula, os presidentes do Senado e da Câmara fizeram acordo para votar a proposta como uma forma de se contrapor ao atual chefe do Palácio do Planalto.
Aliados de Lula garantem que o presidente da República vetará o projeto. A palavra final, entretanto, será do Congresso Nacional, que poderá derrubar o veto do petista, mantendo a proposta.


