A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, considerou que o ex-deputado descumpriu medidas cautelares, pois seguiu atacando o STF
A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, se posicionou a favor de manter a prisão preventiva do ex-deputado e presidente afastado do PTB Roberto Jefferson.
A subprocuradora enviou parecer ao ministro Alexandre de Moraes, que mandou prender Jefferson em agosto deste ano e, desde então, recebeu diversos pedidos de soltura do ex-parlamentar.
Moraes determinou a prisão sob a acusação de que Roberto Jefferson ameaçou as instituições e a democracia.
Com o parecer da subprocuradora, a Procuradoria-Geral da República (PGR) sinaliza mudança em seu posicionamento no caso. Até o momento, a instituição vinha apresentando defesa para que o preso fosse para domiciliar.
No entanto, foi considerado que Jefferson descumpriu medidas cautelares, pois seguiu gravando e publicando vídeos com ataques a ministros do STF.
No parecer, a subprocuradora diz que está demonstrada a necessidade da manutenção da custódia para a garantia da ordem pública.
“É de ser observar, portanto, que os pressupostos para o decreto prisional continuam atuais, em razão do comportamento desrespeitoso e por vezes hostil que o investigado manteve durante todo o período da custódia preventiva”, afirmou no documento.
Preso
No final de novembro, o STF formou negou mais um pedido de soltura de Roberto Jefferson, presidente afastado do PTB.
Foi a segunda vez, em menos de um mês, que o plenário virtual se reuniu para debater sobre um pedido de liberdade do dirigente partidário, preso desde o dia 13 de agosto.
No fim de outubro, o plenário do Supremo já havia formado maioria para negar pedido de liberdade feito pela defesa de Roberto Jefferson.