Barril de Brent recua a US$ 115 com confinamentos em Xangai alimentando preocupações de desaceleração da economia chinesa.
Os preços do petróleo têm queda nesta segunda-feira, com os confinamentos impostos em Xangai para tentar reduzir a curva de contágio da Covid-19 alimentando preocupações de fraca demanda e de desaceleração econômica na China.
Perto das 8h (horário de Brasília), o barril do tipo Brent – principal referência internacional – caía 4,19%, cotado a US$ 115,59, enquanto que o petróleo WTI tinha queda de 4,57%, a US$ 108,69 o barril.
Na sexta-feira, o petróleo Brent fechou em alta de 1,36%, a US$ 120,65 o barril, enquanto que o WTI subiu 1,39%, cotado a US$ 113,90 o barril.
No início do mês, o barril do Brent bateu US$ 139, a maior cotação desde 2008. Apesar do recuo nas últimas semanas, ainda acumula um salto de cerca de 50% no ano.
O centro financeiro chinês de Xangai informou neste domingo que fará um lockdown na cidade em duas etapas, após ter reportado um novo recorde diário de infecções assintomáticas.
Bolsas em queda
Na Europa, as principais bolsas operavam em alta nesta segunda-feira, lideradas por bancos e seguradoras, que são sensíveis aos juros, conforme os rendimentos de títulos governamentais continuavam a subir.
Ao mesmo tempo, as esperanças de um acordo de paz na crise da Ucrânia ajudava a manter o viés de alta, uma vez que mais negociações de paz com a Rússia estão marcadas para esta semana na Turquia.
Perto das 7h30, a Bolsa de Frankfurt subia 1,63%, a de Paris avançava 1,49% e a de Madri tinha alta de 1,52%. Já Bolsa de Londres tinha ganhos de 0,44%,
Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou em queda de 0,63%, enquanto o índice de Xangai teve ganho de 0,07%.
No Japão, o índice Nikkei recuou 0,73%.
Em Hong Kong, as avançaram pela primeira vez em três sessões com suporte das empresas de tecnologia. O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 1,31%.
Ações russas ampliam perdas
Na Rússia, o rublo se fortalecia nesta segunda-feira, aproximando-se de máxima de quatro semanas contra o dólar, enquanto as ações russas ampliavam as perdas na terceira sessão de negociações após suspensão de quase um mês.
O mercado russo está gradualmente reabrindo e voltando ao normal após a suspensão provocada pelas sanções ocidentais devido à invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
As ações e títulos russos retomaram integralmente as negociações nesta segunda-feira, embora por tempo reduzido e com várias restrições, incluindo proibição a cobertura de vendidos. Não-residentes estão proibidos de vender ações e títulos em rublos até 1 de abril.