Maria José Rocha Lima[1]
Hoje, eu venho comemorar a Consciência Negra, rememorando a concessão do Título de Libertador da Humanidade ao grande líder Sul Africano Nelson Mandela, de minha iniciativa, como parlamentar.
Foi apenas uma singela homenagem diante da grandeza de Nelson Mandela. Um esforço para que eternizássemos o nosso carinho e reconhecimento da humildade e grandeza de Nelson Mandela e inspirássemos especialmente os homens públicos e militantes políticos brasileiros, pelo mundo afora. Quem sabe um dia estes políticos brasileiros ajudem a concretizar o sonho de Nelson Mandela de que todos os seres humanos foram feitos para viver como irmãos?
Convencida do papel de Mandela na luta pela democracia, pela igualdade e pela sua compreensão de que “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, foi que apresentei o Título de Libertador da Humanidade e consegui vê-lo aprovado, com o apoio da maioria dos nobres pares da Assembleia Legislativa da Bahia e do governador Antonio Carlos Magalhães.
Emblemática desse apreço, amor e respeito ao próximo é a sua célebre frase: “Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma combinação formidável”. Formidável mesmo é que suas afirmações correspondiam às suas práticas. Ele foi o perfeito exemplo do homem de inteligência e humildade raras e coração privilegiado, que por isso deverá ser lembrado como um Libertador da Humanidade. Mandela era possuído por um alto grau de moralidade e dedicação ao país, um forte sentimento do que era certo ou errado no nível pessoal ou no nível público, nacional ou internacional. Ele nos mostrou que o exercício do poder tem de ser comedido e para o benefício das pessoas como um todo.
O grande líder sul-africano Nelson Mandela, Prêmio Nobel da Paz em 1994 e líder mundial na luta pela promoção da igualdade, é um mestre que se iguala, e em alguns casos supera, aos grandes mestres da humanidade no exemplo de sacrifício e amor ao próximo, tendo suportado 27 anos de prisão sem ódio no coração. Ele foi e continua sendo um exemplo de tolerância, de respeito ao ser humano, de humildade, e de possuir uma capacidade de perdão e superação de sofrimentos da vida, quase inigualável. Tudo isto sem ter perdido, em nenhum momento, o sentido de vida, a serenidade e a esperança.
Guardando as devidas proporções, considerando que Jesus Cristo foi o maior de todos os tempos, dividindo a história da humanidade em Antes de Cristo(a.C) e Depois de Cristo(d.C) tivemos exemplos de humildade, generosidade e sabedoria como São Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá e, por que não dizer também?, Mandela, Sidarta Gáutama e Gandhi, que nos dão exemplos de sabedoria, humildade, coragem, generosidade, temperança, espiritualidade e liderança. Eles nos inspiram e nos ajudam a sonhar, como disse Mandela na Bahia, com um mundo igual em que todos vivam como irmãos.
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[1] Maria José Rocha Lima é mestre em educação pela Universidade Federal da Bahia e doutora em psicanálise. Foi deputada de 1991 a 1999. É presidente da Casa da Educação Anísio Teixeira. E membro da Soroptimist International SI Brasília Sudoeste. Sócia Benemérita da Hora da Criança da Bahia.