Foto: RAFAELA FELICCIANO/Reprodução
A Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou Operação Hércules, na manhã desta quinta-feira (25/06), e cumpre 15 mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão domiciliar. Os alvos são suspeitos de roubos a veículos. Até 7h, 14 pessoas já haviam sido presas.
As determinações judiciais são cumpridas nas regiões de Planaltina, Samambaia, Santa Maria, Novo Gama (GO), Valparaíso (GO), Cidade Ocidental (GO) e Luziânia (GO). Um dos golpes do grupo era roubar um carro, instalar um rastreador nele e roubá-lo novamente.
A primeira fase da operação ocorreu em dezembro de 2019. Na qual foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, oito de prisão temporária, assim como diversos mandados buscas e apreensões no Gama e Santa Maria. Nessa primeira fase da operação, os policiais miraram exclusivamente autores de roubos de veículos, os quais foram identificados em pelo menos 13 roubos, a maioria em Taguatinga e Águas Claras.
Encerrada essa etapa, as investigações continuaram com objetivo de identificar e prender os demais componentes da cadeia criminosa.
Na ação desta quinta-feira (15/06), os investigadores localizaram o líder do grupo criminoso responsável por receptar os veículos roubados pelos autores presos na primeira fase da operação, assim como seus colaboradores, os quais eram responsáveis por adulterar os veículos, confeccionar documentos falsos, fazer placas frias e ocultar os carros roubados. Outros autores de roubos de veículos integrantes da organização criminosa também foram identificados.
Ainda na segunda fase, também foi possível elucidar outros cinco roubos de veículos ocorridos no Gama e Valparaíso (GO). Segundo a PCDF, as apurações revelaram que os integrantes do grupo criminoso inovaram quanto a forma de lucrar com os veículos roubados.
Modus operandi
A corporação descobriu que carros de maior valor como Corolla, Jetta e caminhonetes eram encaminhados para receptadores específicos em Goiânia (GO). Já os veículos menore,s como Onix, Argo, Hb20, Pálio e outros, eram adulterados e depois anunciados em aplicativos como Olx e Marktplace, onde eram comercializados como carros financiados.
Contudo, com relação a estes carros os criminosos instalavam dispositivos de rastreamento e passados alguns dias, seguindo o sinal do GPS, com uma chave reserva, furtavam, novamente, o veículo que haviam roubado e vendido como financiado.
Os presos responderão pelo crime de organização criminosa, e, na medida da culpabilidade de cada um, pelos crimes de roubo, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo, falsificação de documento público e estelionato.