PROCON/DIVULGAÇÃO
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde dessa sexta-feira (20/03), uma mulher suspeita de fabricar e revender álcool em gel clandestino para diversas lojas do DF. Apenas no período de 15 a 20 de março, a suspeita lucrou R$ 57 mil com a venda dos produtos ilegais.
O delegado-chefe da Coordenação de Repressão ao Crime Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), Wisllei Salomão, lembra que a operação teve inicio com uma fiscalização do Procon em uma farmácia da Sobradinho. “Os agentes verificaram que o CNPJ da distribuidora do álcool era inexistente. O produto tinha uma consistência diferente e era feito com material duvidoso. As investigações nos levaram até o fornecedor”, detalhou o delegado.
A responsável pela distribuidora estava no local, em uma casa no Gama, e permaneceu calada durante a ação policial. “As pessoas que cometem esse tipo de crime têm total desrespeito com o ser humano. Coloca em risco a vida e a saúde do próximo em troca de lucro. Ainda não sabemos o que tem dentro dessas embalagens”, destaca Wisllei Salomão.
No local, a polícia encontrou notas fiscais, insumos farmacêuticos e cosméticos, além de frascos e embalagens do produto usado no combate ao coronavírus. Estima-se que foram apreendidos cerca de 400 frascos já com a substância e mais 3.200 embalagens prontas para ser envasadas.
Várias caixas como essa foram encontradas pela PCDF
O álcool era comprado a R$ 2 pela distribuidora, que vendia por R$ 6 e chegava às farmácias a R$ 49,90. O preço é, de fato, cobrado em farmácias na Asa Norte, conforme denunciou a coluna Grande Angular, nessa sexta-feira. A acusada foi autuada em flagrante por crime contra a saúde pública, cuja pena é de 10 a 15 anos de reclusão.
Delegacia online
Ainda de acordo com o policial, as pessoas que tiverem adquirido os produtos devem registar ocorrência e guardar a embalagem assim como a nota fiscal. “É importante ressaltar que as vítimas não precisam sair de casa. É possível registrar ocorrência por meio da delegacia eletrônica da PCDF. Quem flagrar situação semelhante também pode denunciar por meio do 197“, alertou Salomão.
As investigadores continuam. Os empresários que adquiriram os produtos serão identificados e notificados. Manoel Silva Neto, diretor da Vigilância Sanitária do DF acrescenta que a empresa que cometer atos como esse estará sujeita a sanções, processo administrativo sanitário e multas que variam de R$ 2 mil a R$1,5 milhão. Já o diretor do Procon, Marcelo Nascimento, deixa um alerta aos consumidores.
“É preciso ficar atento e observar a embalagem do produto. Esse que nos apreendemos apresentava algumas informares do rotulo escritas em inglês e isso é contra as normas. Observar as características e a marca dos produtos. Evitar marcas desconhecidas. Em caso de dúvida ou denúncias orientamos a procurar os órgãos de fiscalização como Procon, Vigilância Sanitária e a PCDF”, disse. (Metrópoles)