A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), deflagrou a segunda fase da “Operação Sentinela” e prendeu mais cinco pessoas envolvidas com os últimos ataques a cofres de uma instituição bancária. Os policiais cumpriram, nesta segunda-feira (25), seis mandados de busca e apreensão durante a ação.
Na primeira fase da operação, deflagrada no dia 4 de maio, foram presos cinco funcionários terceirizados, do banco, que desabilitavam sistemas de alarme e facilitavam ataques a cofres em todo o país.
As investigações indicaram que esses funcionários foram recrutados por um empresário de Águas Claras, que planejava e dividia as tarefas dos integrantes da organização criminosa. Ele também recrutou uma equipe de Joinville/SC, responsável pela abertura dos cofres. Apurou-se que o empresário era o líder da organização criminosa e lavava dinheiro através de empresas registradas em nome de “laranjas”.
Entre os estabelecimentos utilizados para lavar o dinheiro dos ataques a banco está um lava jato localizado em Águas Claras. A empresa, que é do investigado, está registrada no nome de um funcionário. Os policiais prenderam o filho do envolvido, três “laranjas” que cediam os nomes para o registro de empresas, um arrombador de cofres e apreenderam veículos. O empresário segue foragido.
As prisões ocorreram em Águas Claras e Taguatinga. O arrombador foi preso em Joinville, na última sexta-feira. Ele estava na posse de uma pistola com a numeração raspada, que foi apreendida.
De acordo com a coordenação, o empresário planejou e coordenou os seguintes ataques a agências bancárias nos últimos dois anos:
1) Agência de Teixeira de Freitas/BA: furto consumado do montante aproximado de R$ 1.114.748,40, no dia 29/11/2019;
2) Agência da Zona Industrial Tupy/SC: roubo tentado, com o emprego de arma de fogo, no dia 14/04/2020;
3) Agência de Borba/AM: furto tentado, no dia 18/04/2020;
4) Agência de Anápolis/GO: furto consumado do montante aproximado de R$
924.035,60, no dia 25/04/2020.
O envolvido escolhia as agências, datas dos ataques e dividia as tarefas. Ele transmitia as ordens ao braço tecnológico da organização, composto por funcionários terceirizados do banco, e aos arrombadores, que eram de Joinville.
A segunda fase da “Operação Sentinela” contou com a participação da Divisão de Operações Especiais (DOE) e o apoio do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Polícia Civil de Goiás (PCGO), que também participou das buscas e prisões.
*Imagens: Divulgação PCDF