Paulo Henrique Costa disse que retornou ao Brasil e vai colaborar com as investigações sobre operações do Banco Master com o BRB

O ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Paulo Henrique Costa disse que vai “colaborar pessoalmente” com as investigações em curso. Paulo Henrique foi afastado do cargo na terça-feira (18/11), na Operação Compliance Zero, que investiga suposta fraude em carteiras de crédito vendidas pelo Banco Master ao BRB.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (21/11), Paulo Henrique disse que reconhece “a importância das investigações em curso”. “Reafirmo meu respeito às instituições”, declarou. O então presidente do BRB estava nos Estados Unidos, onde fazia curso, quando a operação foi deflagrada. Ele informou que retornou ao Brasil.
“Tenho convicção de que sempre atuei na proteção e nos melhores interesses do BRB, seguindo padrões de mercado. Informo que retornei ao Brasil, vou colaborar pessoalmente com a investigação e seguirei fornecendo todas as informações e esclarecimentos necessários para a completa elucidação dos fatos”, declarou.
Após o afastamento de Paulo Henrique determinado pela Justiça, o governador Ibaneis Rocha (MDB) indicou Nelson Souza, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, para o cargo.
“Em observância aos deveres legais e ao sigilo, não comentarei detalhes do processo neste momento. Confio que a apuração trará os devidos esclarecimentos à sociedade”, finalizou Paulo Henrique, na nota.
A operação
Segundo os investigadores, uma instituição teria fabricado artificialmente títulos de crédito sem lastro real, carteiras consideradas “inexistentes” ou “insubsistentes”, e os vendido posteriormente a outra instituição financeira, entre elas, o BRB.
A investigação mira crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, além de possíveis delitos contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. O presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso na noite de segunda-feira (17/11).
André Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor da Tirreno, e Henrique Souza Silva Peretto, sócio da Cartos Fintech Carga, também foram presos na Operação Compliance Zero. Eles acabaram soltos após três dias porque venceu o prazo da prisão temporária decretada.
Com informações do Metrópoles

