
Maria José Rocha Lima*
Ontem, minha mãe, Dona Teresinha, de 93 anos, internada no Hospital Prohope, recebeu do Padre Rafael de Freitas o sacramento da Unção dos Enfermos.
A Paróquia de Santo André, que atua no Nordeste de Amaralina, vem realizando um amoroso e constante trabalho de acompanhamento espiritual a minha mãezinha. Todos os domingos, há anos, os Ministros da Eucaristia, senhor Rogério e senhora Maria de Lourdes, levam o Evangelho e ministram a Comunhão. Em datas especiais do calendário litúrgico, grupos de cristãos visitam o lar de Dona Teresinha para rezar o terço e celebrar momentos de fé, amizade e partilha — experiências que aquecem o coração e fortalecem a comunhão cristã.
Tudo isso também é possível graças às cuidadoras dedicadas e de fé profunda, Angélica Ladislau Conceição e Patrícia, que acompanham minha mãe com zelo e amor.
Dona Teresinha é verdadeiramente abençoada. Já recebeu as visitas do Bispo Dom Valter, acompanhado do Padre Rafael, que desenvolvem um trabalho pastoral de grande relevância junto às comunidades do Nordeste de Amaralina — região marcada pela vulnerabilidade, mas também pela esperança e pela fé do seu povo.
Esse trabalho me faz recordar o Papa São João Paulo II, que há mais de quarenta anos visitou a Bahia e, fiel ao seu compromisso com os pobres, fez questão de conhecer a Matriz da Paróquia Nossa Senhora dos Alagados (atual Paróquia Nossa Senhora dos Alagados e São João Paulo II), no bairro do Uruguai.
Vale lembrar que, no ano anterior à visita do Papa, ele solicitou à Madre Teresa de Calcutá (hoje Santa Teresa de Calcutá) que fosse a Salvador iniciar um trabalho no mesmo bairro. Em obediência, Madre Teresa fundou, em 1979, a Creche das Irmãs Missionárias da Caridade, aos pés da colina onde hoje se ergue a igreja matriz. Foi ali que ocorreu o primeiro encontro entre duas futuras santas: Madre Teresa e Irmã Dulce.
Trabalhos espirituais como esse — tão necessários, sobretudo em regiões vulneráveis — precisam ser mais conhecidos e valorizados.
Costuma-se chamar de direção espiritual a orientação de alguém experiente na vida cristã, que auxilia outras pessoas em seu caminho de fé. Esse nome é justo, mas é importante lembrar que o verdadeiro diretor espiritual da nossa vida é o Espírito Santo, que guia nossos passos na busca incessante de Deus. E minha mãe, durante toda a sua vida, sempre buscou essa intimidade com o divino.
Por toda essa assistência pastoral à Dona Teresinha, deixo meu mais profundo agradecimento:
Obrigada, Padre Rafael!
Obrigada, Bispo Dom Valter Santos!
Obrigada, Ministro da Eucaristia Rogério!
Obrigada, Ministra Lourdes!
*Maria José Rocha Lima é professora, mestre em educação pela Universidade Federal da Bahia e doutora em psicanálise. Foi deputada de 1991-1999.

