O apoio da ex-senadora Marina Silva à candidatura do deputado José Antônio Reguffe (PDT) deu forças à decisão do parlamentar de concorrer ao Palácio do Buriti, mas não sepultou as expectativas de uma aliança com outros partidos, como o PSB e o PSol, que negociam com o pedetista.
Marina declarou apoio ao deputado, que foi um de seus grandes incentivadores durante o processo de criação da Rede Sustentabilidade — o partido foi vetado pela Justiça Eleitoral. “Se o Reguffe for candidato, eu o apoiarei. Não sou militante do PSB. Nós estamos numa aliança programática no plano nacional e, onde for possível, vamos viabilizá-la no plano local”, disse a ex-senadora, que teve mais de 610 mil votos no DF nas eleições de 2010.
Apesar do apoio explícito ao pedetista, Marina mostrou que aposta em uma parceria. “Espero e torço para que Reguffe e Rodrigo (Rollemberg) se encaminhem. Espero que eles tenham a sabedoria para ajudar a nossa sofrida Brasília.” O senador do PSB Rodrigo Rollemberg afirma que o posicionamento de Marina, recém-filiada ao seu partido, é legítima. “Vejo sem estresse e de maneira natural esse posicionamento da Marina. Ela entrou para o PSB para fazer uma aliança programática e deixou claro, desde o início, que mantém sua identidade de Rede”, explicou o senador. “Considero válida e natural a preferência dela pelo Reguffe, até porque sabemos que ele é próximo da Marina e participou intensamente das articulações para a efetivação da Rede no Distrito Federal”, acrescentou.
Rollemberg mantém a expectativa de uma aliança e garante que manterá o diálogo com o PDT. “No momento certo, vamos definir quais são os nomes mais adequados para a chapa, a fim de compor o melhor time, com candidatos ao governo, vice, senado e nominatas para deputado federal e deputado distrital. Mas isso é coisa para meados do primeiro semestre do ano que vem. Até lá, vamos trabalhar no alinhamento das forças de esquerda”, ressaltou o senador. Além do PDT, ele sonha em se aliar com legendas como PPS e PSol.