A falta de uma política de assistência à saúde para os policiais civis do DF é uma questão que precisa ser encarada com compromisso e urgência, defende o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF).
Para a entidade, a carência da categoria nesse âmbito – e a disparidade de tratamento entre a Polícia Civil e as demais forças de Segurança Pública do Distrito Federal – ficou ainda mais evidente com a pandemia do coronavírus.
Até o momento três policiais civis (dois aposentados e um da ativa) perderam a vida para a Covid-19. O caso mais recente foi o do agente de polícia aposentado Claudio Massashi Kato, na madrugada do último domingo, 23; ele tinha 54 anos.
Outros dois policiais civis da ativa encontram-se internados e centenas já foram infectados pelo vírus, uma vez que a atividade-fim desses servidores exige contato direto com o público: seja com os cidadãos que buscam atendimento nas delegacias ou com aqueles que são presos.
“Nossa categoria não possui assistência à saúde. Precisamos pagar do próprio bolso por um plano de saúde, ou depender do sistema público que, nesta pandemia, deu mais um sinal de colapso. Os policiais civis que, infelizmente, perderam a batalha para essa doença enfrentaram bastante dificuldade”, explica Alex Galvão, presidente da entidade.
O dirigente sindical lembra que, por ano, PM e Bombeiros investem, respectivamente, R$ 250 milhões e R$ 160 milhões na Saúde enquanto a PCDF fica com R$ 12 milhões. E todas as corporações recebem recursos da mesma fonte, o Fundo Constitucional do DF.
O Sinpol-DF defende a implantação de um plano de saúde custeado pelo estado que assegure uma assistência, no âmbito da PCDF, nos mesmos moldes daquelas outras duas corporações.
“É preciso equacionar isso estabelecendo o mesmo tratamento a todos os servidores”, sugere Galvão. “Precisamos avançar nessa discussão e tornar esse pleito, que é urgente, uma realidade. Que cuida da sociedade, também merece ser cuidado”, completa.
Com informações do SINPOL-DF*