Entre janeiro e outubro, mesmo com a pandemia, atendimentos e procedimentos cirúrgicos foram mantidos
Referência em oncologia no Distrito Federal, o Hospital de Base (HB), este ano, driblou as dificuldades do contexto de pandemia e manteve em alta os tratamentos para pessoas com câncer. De janeiro a outubro do ano corrente, 18.097 pacientes foram atendidos em consultas ou realizaram cirurgias. Setembro foi o mês de maior movimento, com o registro de 195 cirurgias e 1.832 atendimentos clínicos.
O HB contabiliza ainda um aumento no número de primeiras consultas na oncologia clínica: 78%, no comparativo com o mesmo período de 2019. Foram realizadas, entre janeiro e outubro, 1.869 primeiras consultas este ano. Em 2019, esse total foi de 1.094.
De acordo com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), até outubro deste ano, foram registradas 1.547 cirurgias de câncer e mais 16.550 consultas oncológicas, sem contar as sessões de quimioterapia, hormonioterapia, braquiterapia e de quimioterapia para cânceres hematológicos. “Isso mostra o resultado do esforço da oncologia do HB, que, mesmo no ápice da curva de casos da pandemia, manteve os atendimentos aos pacientes oncológicos”, resume o chefe da oncologia do HB, Allan Pereira.
Para 2021, segundo o gestor, o cenário é promissor. “Esse ano foi um ano desafiador para todos os serviços de saúde no mundo, mas as dificuldades só nos fizeram mais fortes”, lembra. “Para 2021, contaremos com aumento de médicos no time para podermos trazer mais quantidade e qualidade ao serviço de oncologia do Hospital de Base”.
“Esse ano foi um ano desafiador para todos os serviços de saúde no mundo, mas as dificuldades só nos fizeram mais fortes”Allan Pereira, chefe da oncologia do Hospital de Base
Radioterapia
Um dos campos de maior destaque da oncologia do HB foi o Núcleo de Radioterapia, que ultrapassou o número mínimo de pacientes por equipamento estipulado pelo Ministério da Saúde. “Em 2020, nós conseguimos realizar 702 tratamentos”, contabiliza no chefe do núcleo, Eronides Batalha Filho. “É um número nunca alcançado anteriormente. O Ministério da Saúde estipula que sejam 600 por ano”.
Esse quantitativo deve aumentar em 2021, quando será feita uma reforma no núcleo. “Conseguimos a liberação de emenda parlamentar que vai permitir a reforma da radioterapia em 2021”, informa Eronildes. “Assim, estaremos aptos a receber um novo acelerador linear que substituirá o equipamento de Cobalto-60, desativado no ano passado”.
* Com informações do Iges-DF